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Após ter inaugurado uma usina para geração distribuída de 1 MW na cidade de Rio das Flores, no Rio de Janeiro, a Solarian Energy pretende continuar com a expansão. Ela quer terminar 2019 com 12 MW em novas usinas e 2020 com 25 MW implantados. De acordo com Edgard Franco, diretor da Solarian, os empreendimentos vão ficar nos estados de São Paulo e Goiás. Para este ano, estão previstos cerca de R$ 50 milhões em investimentos.

O modelo de negócio da empresa, que tem entre seus sócios executivos oriundos da Schneider Electric, consiste em buscar empresas que não querem fazer o investimento, porém querem ter uma energia limpa e economizar no custo. Ele dá como exemplos bancos, redes de farmácias ou de lojas. Franco conta que a Solarian constrói a usina sem que o cliente faça o investimento. “A gente elabora todo o projeto, define a estrutura do negócio, busca o investimento e constrói a usina”, explica. Em seguida, uma Sociedade de Propósito Específico é constituída e ela será do investidor, que assume o contrato assinado com o cliente no início do processo.

Essa diferenciação no tamanho do projeto e no modelo de negócio – que pede um contrato de longo prazo pelo tempo de retorno – faz com que os clientes em potencial tenham um alto consumo de energia. Os clientes geralmente fazem consultas ao mercado sobre quem pode atendê-los nesse tipo de pedido. “Eu não consigo fazer uma usina para uma padaria só. Se tiver uma rede de lojas ou um consumo de energia de R$ 100 mil por mês já dá para pensar”, avisa. A Solarian é a dona do terreno em que é implantada a usina.

Ainda segundo Franco, o diferencial da empresa para conseguir conquistar o cliente é a sua capacidade econômica. O porte dos clientes e o tamanho dos  projetos pede altos investimentos. Cada megawatt tem um custo estimando em cerca de R$ 4 milhões. A Solarian tem acordo com um fundo de investimentos que lhe dá mais de R$ 100 milhões de capacidade de investimentos. Fazer usinas um pouco maiores tem que estar aberto ao capital. “Não dá para entrar em uma concorrência de um banco se não tiver pelo menos R$ 20 milhões”, observa.

A Aevo foi a responsável por fazer a instalação da usina da usina solar no Rio de Janeiro. Franco chama a atenção para a importância da mão de obra em projetos desse tipo, frisando que essa é uma parte sensível no empreendimento. “Não é só aparafusar de qualquer jeito, é muito mais complexo e cheio de detalhes que isso”, salienta. Ao contrário do que acontecia anos atrás, ele vê que hoje as empresas já conhecem a GD e dá como exemplo um banco que em 2017 não dominava o assunto e hoje faz uma concorrência que a Solarian vai participar.

A revisão da resolução 482, que vem sendo motivo de apreensão de agentes do setor, não preocupa o diretor da Solarian. Para ele, que vem acompanhando as discussões, a nova regulação não deverá piorar a GD a ponto de desincentivá-la, o que ele considera que seria um grande retrocesso. Segundo ele, isso seria um retrocesso, já que há um apelo global por GD. Mesmo eventuais alterações em prol das distribuidoras seriam minimizadas pela baixa dos custos nos equipamentos e no aumento da eficiência da cadeia de suprimentos. “Como  a necessidade de capex vai diminuir, não vai haver prejuízo para o setor”, aponta.