As elétricas EDP Renováveis (Portugal) e Engie (franco-belga) anunciaram nesta terça-feira, 21 de maio, a criação de uma joint-venture (50/50) para investir no mercado de eólicas offshore, ou seja, com torres e aerogeradores instaladas no mar. As empresas miram oportunidades em todo o mundo, tendo como alvos prioritários mercados na Europa, nos Estados Unidos e algumas regiões da Ásia, de onde se espera que venha o maior crescimento. A joint-venture tem como objetivo ser autofinanciada e os projetos que serão desenvolvidos respeitarão os critérios de investimento de ambas as empresas.
“É com enorme satisfação que anunciamos esta aliança estratégica com a EDP, com a qual temos cooperado desde 2013. Há expetativas de que o setor eólico offshore cresça de forma muito significativa até 2030. A criação desta joint-venture nos permitirá expandir em oportunidades de mercado enquanto aumentamos a nossa competitividade num dos nossos fatores-chave de desenvolvimento, as energias renováveis. Este acordo também está totalmente alinhado com a estratégia de transição zero-carbono da Engie”, disse Isabelle Kocher, CEO da Engie, em nota à imprensa.
Para a EDP e a Engie, a energia eólica offshore se tornará uma parte essencial da transição energética global, conduzindo ao rápido crescimento do mercado e ao aumento da competitividade. Segundo os termos do memorando de entendimento, a EDP e a Engie combinarão seus ativos eólicos offshore e os projetos em desenvolvimento na recém-criada joint-venture, iniciando com um total de 1,5 GW em projetos em construção e 4,0 GW em desenvolvimento, com o objetivo de atingir os 5 a 7 GW de projetos em operação ou construção e 5 a 10 GW em desenvolvimento avançado até 2025.
As empresas acreditam que a criação de uma entidade de maior escala e uma equipe totalmente dedicada, com um potencial de desenvolvimento de negócios global e uma forte capacidade de gerar contratos de aquisição de energia (PPA), irá acelerar o crescimento da sua carteira de ativos e assegurar uma operação mais eficiente, garantindo ainda uma parceria estável.
“O acordo representa um importante passo na estratégia da EDP para as energias renováveis. Estamos totalmente comprometidos com a transição energética e com um futuro mais sustentável, como demonstram as ambiciosas metas anunciadas no nosso Strategic Update. Estamos confiantes de que esta parceria irá reforçar a nossa posição nas renováveis, nos permitindo acelerar o ritmo no setor eólico offshore, um dos principais vetores de crescimento na próxima década”, disse António Mexia, CEO da EDP.
O objetivo é que a joint-venture esteja operacional até ao final de 2019. A execução do projeto está sujeita aos respetivos processos de aprovação social, corportativo, legal, regulatório e contratual.