A hidrelétrica Itaipu colocou em operação o SOMA: Sistema Orientado ao Monitoramento de Ativos. O sistema tem a função de prover diagnósticos detalhados sobre o funcionamento das 20 unidades geradoras. O principal objetivo é aumentar a disponibilidade desses ativos, fundamentais para o país, antecipando a informação de possíveis problemas antes que eles provoquem uma parada não programada.
O pesquisador do Cepel André Tomaz de Carvalho, gerente do SOMA, destaca que esta é a aplicação de maior porte do sistema, com cerca de 500 sinais por máquina, totalizando aproximadamente 10 mil sinais monitorados em tempo real: temperaturas, acelerações, deslocamentos, tensões e potências, dentre outros. “A concentração dessas informações em uma plataforma de supervisão na web possibilita à engenharia de manutenção avaliar mais facilmente a condição de operação de cada máquina, detectando possíveis anomalias, evitando falhas e prevenindo paradas não programadas”, afirma.
“Após conclusão e validação dos ajustes ainda necessários, a Superintendência de Manutenção da Itaipu contará com uma ferramenta valiosa de medição e armazenamento de parâmetros como a temperatura e vibração dos componentes das unidades. A partir de agora, entraremos em uma nova fase de desenvolvimento do SOMA, na qual o foco será a implementação de funcionalidades importantes para a engenharia de manutenção, tais como análise automática de valores, técnicas de manutenção preditiva e diagnóstico de possíveis defeitos”, assinala Nilton Ramos Quoirin, da divisão de Engenharia de Manutenção Elétrica de Itaipu Binacional.
“Algumas dessas novas funções são inéditas em sistemas de gestão de ativos atualmente disponíveis no mundo. Nossa expectativa é que esse se torne, em breve, uma referência em gestão de ativos, em especial no setor de energia, com ganhos expressivos nos processos de manutenção da planta, propiciando maior visibilidade de eventuais defeitos incipientes. A tendência é que essa característica de previsibilidade de defeitos eleve o grau de manutenção da planta de manutenção preventiva para manutenção preditiva”, ressalta o coordenador do Projeto Matrix-UG José Quirilos Assis Neto, da Divisão de Engenharia Eletromecânica de Itaipu Binacional.