Para PSR, abertura do mercado livre deve ser sustentável

A abertura do mercado livre de energia, que toma importância com as mudanças que vem sendo apresentadas para o consumidor no futuro, tem com maior desafio acontecer de forma sustentável no setor. Em painel realizado nesta terça-feira, 28 de maio, no Energy Solutions Show, em São Paulo (SP), o diretor da PSR Bernardo Bezerra lembrou que a migração no país não deve ser feita sem ter o melhor provedor de energia, apenas para se livrar do pagamento de um encargo ou para não pagar os contratos legados de longo prazo das distribuidoras, mas sim quando o consumidor estiver conscientizado dos riscos do ambiente livre e tiver o melhor produto energia.

“Uma vez que você conseguiu criar um mecanismo onde você conseguiu separar os diferentes custos e há competitividade para o produto energia, você conseguiu abrir o mercado de forma sustentável”, revela.

O diretor da PSR lembrou também que há contratos de distribuidoras em vigor, o que inviabilizaria uma entrada imediata no ACL de todos os consumidores. Outro ponto que também é um desafio na abertura do mercado é saber como acomodar a figura do ‘prossumidor’, que é aquele consumidor que produz a sua própria energia. Caso todos coloquem placas solares de GD nos seus telhados, haveria problemas com custos da infraestrutura da rede.

Ainda segundo Bezerra, também é importante garantir a sustentabilidade da geração, da transmissão e da distribuição, reconhecendo qual é o serviço que está sendo prestado e cobrando esses serviços dos clientes. Também é importante a garantia de um mecanismo para coordenar a expansão do sistema. “Se a negociação com os geradores for feita de forma descoordenada e bilateral, a expansão do Brasil não necessariamente vai chegar no ótimo “, avisa.