fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Os agentes não acreditam em uma contratação representativa no próximo leilão A-4, marcado para 28 de junho. Nesta terça-feira, 28 de maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou os preços tetos do certame.
Os preços iniciais do leilão A-4 para empreendimentos de geração sem outorga e para projetos com outorga mas sem contrato de comercialização de energia serão de R$ 288,00/MWh para a fonte hidrelétrica, de R$ 208,00/MWh para usinas eólicas e de R$ 276,00/MWh para projetos solar fotovoltaicos. Para térmicas a biomassa foi estabelecido o valor de R$ 311,00/MWh, que coincide com o custo marginal de referência do certame.
O presidente da Casa do Ventos, Mário Araripe, disse que vai procurar ser mais agressivo no A-6 (previsto para outubro) do que no A-4. “O A-4 vai ter uma demanda pequena e vai ter muita competição”, disse o executivo, em entrevista concedida durante o Brazil Windpower, em São Paulo. Segundo ele, hoje a demanda por energia está no mercado livre, devido ao movimento de migração dos consumidores. “O A-6 dá tempo de formar demanda e com a aprovação da Reforma da Previdência, as expectativas vão mudar”, disse Araripe.
O diretor de Estratégia e Regulação da Engie, Edson Silva, também disse que a expectativa de demanda baixa no leilão A-4 e “um pouco melhor no A-6”. “Engie vem buscando a expansão junto ao mercado livre, mas é claro se houver uma oportunidade interessante, de acordo com as nossas taxas de rentabilidades, vamos participar do A-4”, disse o executivo, também presente no evento.
O certame é destinado à compra de energia de empreendimentos de fontes hídrica, eólica, solar e termelétrica a biomassa, com entrega a partir de 2023. Serão negociados contratos por quantidade de 30 anos para hidrelétricas e de 20 anos para usinas eólicas e solares. Para as térmicas, a contratação será por disponibilidade.
Dos 1.581 empreendimentos cadastrados na Empresa de Pesquisa Energética, 751 são de projetos fotovoltaicos, que totalizam 26.253 MW (51,3%) dos 51.201 MW inscritos para o certame. A fonte eólica também cadastrou 751 empreendimentos, com 23.110 MW de potencia instalada (45,1% do total). Usinas a biomassa tem 19 projetos com 1.039 MW cadastrados; pequenas centrais hidrelétricas 44, com 606 MW; usinas hidrelétricas entre 30 e 50 MW quatro, com 164 MW; centrais geradoras hidrelétrica 12, com 32 MW.