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Num movimento que busca aprimorar a missão de garantir, além do suprimento de energia à rede elétrica, o aumento na qualidade em relação as perdas comerciais e a redução de custo junto aos consumidores, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou que está trabalhando na definição de novos indicadores de qualidade de energia para colocar em voga mais à frente, somando-se aos padrões já existentes.

“Nós somos prestadores de serviço, queremos conhecer os problemas dos consumidores para encontrarmos as soluções [..] O sistema hoje está resiliente, mas reconheço que precisamos trabalhar de forma mais integrada”, comentou o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, durante painel realizado na última terça-feira, 28 de maio, no Energy Solutions Show, em São Paulo (SP).

Na oportunidade, o executivo reafirmou o compromisso do Operador pelo sistema como um todo, mas que por vezes não possuí todas as informações necessárias. “Penso ser interessante e deixo aqui o espaço aberto com o Paulo Pedrosa da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres) para fazermos um canal geral de informação”.

Pedrosa, que mediou a mesa, acenou positivamente, confirmando que as contribuições do diretor-geral do ONS e do ex-presidente da EPE e atual CEO da PSR, Luiz Barroso, também presente no debate, serão adicionadas as demandas levantadas por grandes consumidores de energia do setor produtivo industrial, como Nestlé, Braskem e a Gerdau, para serem levadas à avaliação e discussão com o governo federal. “Vamos nos reunir em breve com o Ministro e levar essas considerações para tentar avançar nessas questões importantes”, revelou.

Quanto aos rumos do atual governo, Barata diz torcer pela aprovação da reforma da Previdência, além de revelar que o Operador trabalha com uma previsão de crescimento do PIB em 2,7% nos próximos anos, garantindo que a área de transmissão do país tem capacidade para suportar esse advento. “Se a economia melhorar em dois anos, com o parque de geração e transmissão que temos, vamos dar conta do recado”.

Em uma possível adversidade para o sistema, ele cita o exemplo de 2016, quando muitos problemas foram eliminados e os leilões melhoraram, com obras que se antecipam em dois anos do prazo de execução previsto inicialmente. “Qualquer coisa podemos andar com novos projetos eólicos e solares em até dois anos, ou aumentando a capacidade de plantas já existentes”, completou.