A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estava pronta para colocar em consulta pública a discussão sobre sistemas híbridos nesta semana, porém, houve um pedido de adiamento por parte da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que desejava incluir alguns pontos.

Segundo Sandoval Feitosa, diretor da Aneel, muitas questões precisam ser respondidas para que a regulação possa permitir a construção de parques híbridos, por exemplo como se vai tratar o desconto do uso do sistema de transmissão, como será o tratamento das perdas, que configura um sistema híbrido, tipo de combinação de tecnologias e em qual percentual.

Segundo ele, ainda não se tem uma ideia clara do que pode ser considerado como uma planta híbrida. Feitosa explicou que o tema deve passar pela consulta para essa definição. A partir daí a agência reguladora e o mercado podem explorar mais as possibilidades. Uma das respostas a ser obtida é a questão de onde vem a fonte principal de geração. Isso, continuou, tem importância pelo fato de se considerar os incentivos legais que existem para cada fonte que o país dispõe.

“A agenda regulatória prevê a conclusão nos anos 2019 e 2020 de forma definitiva da publicação de um regulamento”, disse o diretor nesta quarta-feira, 29 de maio, ao participar da décima edição do Brazil Windpower, maior evento de energia eólica da América Latina, em São Paulo. “Fazemos uma consulta pública quando não temos certeza do que fazer, quando procuramos qual caminho seguir e daí vem a proposta de regulamentação”, comentou.

O diretor de Energia Elétrica da EPE, Erik Eduardo Rego, disse que a entidade está terminando de produzir a terceira nota técnica sobre geração híbrida. “A gente conversou para segurar a consulta pública para poder mandar o material que está sendo consolidado com um pouco da experiência internacional e de um workshop que a gente fez”, explicou.