O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem em carteira 13 projetos de energia destinados a venda de energia no mercado livre, que juntos somam 2,7 GW de capacidade instalada, sendo 818 MW oriundos de projetos eólicos. O dado foi apresentado pelo presidente do banco, Joaquim Levy, durante participação no maior evento de energia eólica na América Latina, o Brazil Windpower, nesta quarta-feira, 29 de maio, em São Paulo.
O desenvolvimento de projetos para o mercado livre tem se tornado uma saída para o setor, na medida em que a demanda do mercado regulado tem se mantido baixa por conta do fraco desempenho da economia do país. No entanto, os empreendedores encontram dificuldades para conseguir financiamentos para os projetos destinados ao mercado livre.
Levy garantiu que o banco seguirá apoiando a energia renovável, tanto por conta da sua contribuição ambiental quando pela geração de empregos dessa indústria, importante para retomada do crescimento do PIB. “Minha perspectiva é que a gente passe a olhar cada vez mais para esse tipo de financiamento como olhamos para qualquer empreendimento comercial. Quando empresto para a Suzano, ela não tem nenhum contrato com o órgão regulador”, disse.
“A gente tem que ter uma análise de mercado, perspectiva de crescimento da demanda, claro que vamos ter que olhar com clareza para o business model da empresa, capacidade financeira, relacionamento com potenciais clientes, valores dos contratos. Tudo isso é administrável”, disse o presidente do BNDES.