As ampliações programadas no sistema de transmissão e a geração eólica vão permitir que o subsistema Nordeste tenha capacidade de exportar energia para outras regiões da ordem de 13 GW em 2023, disse Flávio Lins, gerente executivo do Centro Regional de Operação Nordeste do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), durante participação no Brazil Windpower nesta quinta-feira, 30 de maio, em São Paulo.
A região Nordeste é a casa da geração eólica no Brasil, com cerca de 11 GW em capacidade instalada, de um total de 15 GW em operação no país. Além disso, a região dispõe de hidrelétricas e usinas térmicas. A carga do Nordeste, por outro lado, é da ordem de 12 GW, o que coloca a região como exportadora de energia no futuro.
“Está sendo preparada toda uma malha de transmissão no Nordeste para escoar essa geração”, disse Lins, explicando que o sistema de transmissão atual não permite essa exportação.
Até 2023, o Brasil terá 19,9 GW de capacidade de geração eólica instalada. A fonte hoje já representa 9,2% da potência total da matriz elétrica brasileira, atrás apenas das hidrelétricas. De 2011 a 2018, o setor eólico investiu US$ 31,2 bilhões no Brasil, segundo informações da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).