Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

As tarifas de energia dos consumidores do grupo tarifário A4 devem permanecer praticamente estáveis neste ano, com redução média de 0,24%. A previsão de estabilidade foi feita pelo Diretor Comercial da TR Soluções, Helder Sousa, durante o painel para consumidores no Energy Solutions Show, realizado entre 28 a 29 de maio em São Paulo (SP). Pelas projeções da empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia, é esperado variações positivas de até 12% e reduções da ordem de 18%.

A avaliação considera dados de 37 distribuidoras, responsáveis pelo atendimento de 98% do mercado de distribuição brasileiro. Dentre as empresas analisadas, 20 devem ter reajustes positivos e as demais devem registrar queda nas tarifas. As estimativas divulgadas pela companhia em março apontavam que, em média, as tarifas teriam leve alta – de 1,7% – no ano. Para Helder, a mudança na tendência se deve principalmente à melhora nas condições hidrológicas previstas para este ano, entre outros fatores.

Dentre os aspectos que favorecem os aumentos tarifários, o destaque é o aumento dos encargos. No caso da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), a Cota de CDE-Uso, que é paga pelos consumidores, teve um aumento de 15%, para R$ 16,2 bilhões. Esse aumento representa um impacto médio positivo de 2,6 pontos percentuais nas tarifas neste ano, mesmo impacto do aumento dos encargos de Serviços do Sistema (ESS) e de Energia de Reserva (EER).

Outros aspectos que andam impactando na variação das tarifas neste ano são a alta do dólar e o aumento dos valores associados à energia das cotas. Mas o impacto desses itens deve ser menor, podendo inclusive ser negativo, no caso das distribuidoras cujos processos tarifários acontecem no segundo semestre. Isso porque, no ano passado, as tarifas dessas empresas já foram definidas com base em taxas de câmbio e valores para as cotas de energia superiores aos considerados nos processos das demais distribuidoras.

Por outro lado, o risco hidrológico está pesando menos nas contas neste ano. Isso porque as condições hídricas em 2018 foram ligeiramente mais favoráveis do que as verificadas no ano anterior e houve aumento da receita com as bandeiras tarifárias a partir de novembro de 2017, reduzindo o montante a impactar as tarifas nos meses seguintes.

Além disso, a quitação antecipada dos empréstimos feitos às distribuidoras para cobertura de gastos extraordinários com a exposição ao mercado de curto prazo nos anos de 2013 e 2014 deve pressionar as tarifas para baixo em média em 6,8 pontos percentuais. Na média, o impacto desses empréstimos neste ano, considerando a quitação antecipada, é de R$ 6,02 R$/MWh, contra R$ 26,53/MWh no ano passado. Neste caso, os consumidores cujos processos tarifários se dão na segunda metade do ano – mais especificamente a partir de setembro – também tendem a ser beneficiados.