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A seguradora Tokio Marine apresentou durante o Brazil Windpower 2019 dois novos produtos destinados ao segmento eólico. A empresa vê nesse nicho de mercado oportunidades de crescimento tanto em projetos já existentes quanto em novos diante da importância que o portfólio de energia tem na carteira da empresa, que representa cerca de 25% a 30% dos negócios da carteira de grandes riscos.

De acordo com Sidney Cezarino, diretor técnico na área de propriedade, riscos de engenharia e energia da empresa, o primeiro produto é uma ampliação de cobertura para eventos não previstos, que agora inclui o seguro paramétrico. Esse tipo de cobertura atende aos problemas com a falta de vento para os parques que estão cobertos. O produto já estava na linha de frente da empresa que na edição passada do maior evento do setor eólico da América Latina já avaliava incluí-lo em seu portfólio. Após estudos e planejamento a companhia, afirmou Cezarino, optou por um caminho mais simples.

“Não é o paramétrico puro. Achamos melhor aprimorar nosso produto, que é a maneira mais fácil para nossos clientes possam melhorar a apólice deles. Começamos a ofertar essa opção nesse mês [maio]”, comentou ele em entrevista à Agência CanalEnergia durante a edição deste ano do evento promovido pela Informa Markets – Grupo CanalEnergia.

O executivo comentou que entre as vantagens de optar pela extensão de um produto já existente está a de que a análise na Superintendência de Seguros Privados (Susep) foi mais ágil. Essa superintendência é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A autarquia está vinculada ao Ministério da Economia. “Nosso maior investimento foi o de entender e procurar resseguradores para termos o respaldo, por isso demorou um pouco. Conversamos ainda com clientes para entender sua demanda e desenvolver soluções personalizadas e que sejam factíveis em termos de custos”, afirmou.

Cezarino explicou que a Tokio Marine desenvolve esse produto com base na documentação que os empreendedores apresentam à agência reguladora em termos de capacidade de produção de energia. O processo de análise, relatou, é relativamente célere. Não há limite mínimo de operação ou de medição de projetos até porque, lembrou, os modelos de previsão de ventos estão bem consolidados no mercado brasileiro.

“Nossa meta é colocar essa extensão em todas as nossas apólices”, definiu ele. “Essa cobertura não tem representatividade em relação ao prêmio”, apontou.

Além disso a empresa aproveitou a oportunidade da feira para trazer outro lançamento que chamou de Soluções Integradas, onde oferta na mesma apólice cobertura para o período que engloba desde o início das obras até um ano depois do início da operação do projeto. Esse produto, comentou Cezarino, não é exclusivo para a fonte eólica, pode ser aplicado a outras fontes renováveis também e abrange esse mesmo prazo.

A meta de empresa é de atender a demandas de risco de engenharia em um momento que está na rampa de aprendizagem da operação de um parque eólico, por exemplo. Por isso a decisão de estender a apólice até o final do primeiro ano de operação tendo como data base o despacho da Aneel liberando a operação daquele projeto.

Esse produto, contou o executivo, veio sendo estudado pelos últimos dois anos e o potencial é grande ao passo que a demanda por energia volte a crescer, o que demanda novos projetos, o foco desse produto. O otimismo de Cezarino toma carona em um passado nem tão distante quando o valor de prêmio segurado em riscos de engenharia estava na casa de R$ 1 bilhão, sendo que energia representava cerca de um quarto desse montante. Hoje esse segmento dos seguros é de R$ 270 milhões sendo que a energia mantém essa proporção de participação.