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A Raízen inaugurou oficialmente a sua primeira planta solar na modalidade de geração distribuída. O empreendimento está localizado na cidade de Piracicaba (SP) ao lado da unidade Costa Pinto com capacidade instalada de 1,3 MWp. Esse é um projeto piloto que atenderá a 20 clientes, sendo 18 postos da marca Shell (rede pertencente ao mesmo grupo econômico) e mais duas transportadores com quem a empresa já possui relacionamento.
O investimento nessa planta não foi revelado, mas segundo o diretor Executivo de Energia da Raízen, Antonio Simões, o valor do aporte não saiu fora do usual do mercado. “O investimento todo foi feito por nós que faremos o aluguel dessa planta para os 20 clientes que poderão fazer a compensação via net metering. Esses clientes estão nas áreas de Piracicaba e de Campinas”, comentou ele.
Segundo estimativas da Raízen, com as placas em total funcionamento, estima-se que esses parceiros possam ter uma economia anual nos gastos com energia elétrica mensais entre R$ 5 mil a R$ 10 mil.
A empresa não pode falar de perspectivas futuras nesse momento, mas no longo prazo a tendência é de que o mercado de energia seja mais descentralizado e que a empresa vai utilizar esse projeto como forma de aprendizado. No futuro pode ser um novo nicho de atuação da empresa que ressalta o aspecto de sua cadeia integrada de energia.
Até porque a companhia tem uma atuação forte em energia com plantas a biomassa que injetam energia na rede, possui uma comercializadora recentemente adquirida, a WX e atua no mercado livre. Isso contando apenas a atuação no setor elétrico, sem considerar a divisão de combustíveis líquidos.
A planta com 3.800 placas está inserida em uma área de 40 mil metros quadrados. A região foi escolhida por ser o “berço da Cosan”, uma das sócias da Raízen ao lado da Shell. Com mais esse projeto a companhia passa a somar 1,01 GW em potência instalada.
A decisão pelo investimento foi tomada um ano atrás com a meta de atender ao mercado de baixa tensão para aqueles clientes no mercado cativo. Simões contou que a opção pela fonte solar, apesar de ser uma empresa com forte atuação em biomassa se deu por ser esta a melhor alternativa para o tamanho de projeto pretendido. Segundo o executivo, a solar nesse modelo de negócio se mostrou mais competitiva. Contudo, apontou, o aspecto de piloto é reforçado pelo fato de que metade do parque foi composto por trackers e a outra metade por painéis fixos. “Temos essa característica de aprendizado e inovação. A descentralização é uma tendência no mundo com cada vez menos grandes projetos e maior granularidade da geração”, finalizou.