A Agência Nacional de Energia Elétrica e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) aprovaram na última quinta-feira (6), em Campo Grande (MS), o primeiro Inventário Participativo de Potencial Hidrelétrico. Realizado em conjunto pelos dois órgãos, o estudo mapeou sete Pequenas Centrais Hidrelétricas que podem ser construídas na bacia do Rio Pardo. Juntas, essas usinas poderão admitir cerca de 130 MW de potência, o suficiente para abastecer uma população de 1 milhão de pessoas. A iniciativa é inédita e pode viabilizar investimentos de R$ 1 bilhão no Mato Grosso do Sul.
O Inventário Participativo tem como objetivo dar mais segurança aos empreendedores quanto à emissão das licenças ambientais. Nesse caso o órgão ambiental participou diretamente dos estudos de inventário, dando a eles uma condição de “pré-viabilidade”. O evento contou com a presença do diretor-geral da Aneel, André Pepitone, do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, e do diretor-presidente do Imasul, Ricardo Eboli.
“Inauguramos um trabalho piloto e inovador, que será benchmark em uma agenda que vamos implementar nos demais estados do país”, afirmou Pepitone, enfatizando que a avaliação integrada, com o órgão ambiental participando desde a concepção inicial do projeto, gera eficiência e segurança no processo. A proposta foi apresentada ao governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, que comemorou a iniciativa.
As sete PCHs que tiveram o estudo de inventário aprovado pelo órgão regulador são: Barreiro (24,1 MW), São Sebastião (23,9 MW), Cachoeira Branca (21 MW), Botas (18,2 MW), Recreio Jusante (13 MW), todas no rio Pardo, além de Ribas (13,6 MW) e Cervo (16,1 MW), no rio Ribeirão das Botas.