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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou uma nova linha de financiamento direto customizada para atender os mercados de geração de distribuída, eficiência energética, inovação e tecnologia. A novidade é que a linha de corte para financiamento direto com o banco caiu de R$ 20 milhões para R$ 1 milhão, permitindo que pequenas empresas possam acessar crédito a taxas competitivas para valores de até R$ 10 milhões.

“Esse vai ser o primeiro produto do banco que a gente vai poder financiar diretamente a partir de R$ 1 milhão, é um novo paradigma”, disse o gerente da área de Energia do BNDES, Rodrigo Bacellar, durante participação no Greener Businees Summit, em São Paulo, nesta segunda-feira, 11 de junho.

O produto, chamado de BNDES Direto 10, poderá ser acessado apenas por empresas. O financiamento prevê 1 ano de carência e 10 anos de amortização. A taxa de juros é uma composição da TLP, que hoje está em IPCA + 2,64%, mais um spread de 1,3% e mais um spread de risco que vai ser definido de acordo com o perfil de risco do cliente. A soma deve resultar em uma taxa variando entre IPCA+4 a até IPCA+7,5%.

De acordo com Bacellar, o grande objetivo do banco é ter um processo célere e que não onere muito o cliente. Uma vez devidamente cadastrado, o cliente poderá solicitar o financiamento pela internet e o banco espera concluir todo o processo em até 30 dias.

Serão exigidos dois tipos de garantia: real, que será os equipamentos e mais recebíveis se houver; e outra garantia pessoal, que nada mais é que o aval dos sócios/donos do projeto. “Vamos evitar trazer garantias fiduciárias ou hipotecas porque isso onera muito o tomador do financiamento”, explicou Bacellar. A linha não terá restrição orçamentária por parte do BNDES.

Para pessoas físicas (e jurídicas), o meio de conseguir financiamento do BNDES é pelo Fundo Clima. Em 2018, o banco disponibilizou R$ 200 milhões, recurso que foi consumido rapidamente devido a demanda. O orçamento desse ano é de R$ 280 milhões, mas com uma novidade: restrição para aportes para empresas com faturamento até R$ 4,8 milhões. O objetivo é que o crédito seja pulverizado para um número maior de clientes.