Os consumidores de energia elétrica brasileiros estão gerando cada vez mais sua própria eletricidade a partir de fontes renováveis, cogeração qualificada e fornecendo o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Segundo a Aneel, o país ultrapassou a marca de 1 gigawatt de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica, em dados apresentados nesta terça-feira, 11 de junho.

Para o diretor-geral do órgão regulador, André Pepitone, a marca histórica é fruto do trabalho da Agência para viabilizar o empoderamento do consumidor no setor. “Como reguladores, nos preocupamos em manter o equilíbrio do sistema, sempre tendo em vista a incorporação de novas tecnologias. A geração distribuída equivale, no setor elétrico à revolução do smartphone nas telecomunicações”, comentou.

Na avaliação do diretor da Aneel e relator da revisão da norma, Rodrigo Limp, o patamar alcançado é resultado do grande potencial para exploração das renováveis e também da confiança no marco regulatório. “Temos convicção de que o crescimento será ainda mais robusto nos próximos anos, o que torna ainda mais importante o debate de revisão da Resolução nº 482, para que esse crescimento ocorra de forma sustentável, com equilíbrio entre os consumidores”, afirmou.

A fonte mais utilizada para micro e minigeração distribuída é a solar fotovoltaica, com 82,6 mil micro e mini usinas e cerca de 870 MW de potência instalada, seguida pela produção por centrais geradoras hidrelétricas, com 86 usinas e 81,3 MW. Já os estados que mais aderiram à modalidade, superando 10 mil unidades consumidoras, foram Minas Gerais, com 16,7 mil unidades de geração e 212,3 MW de capacidade instalada, seguido por Rio Grande do Sul, 12 mil unidades, 144,4 MW e São Paulo, com 14,5 mil pontos e 117,4 MW. Ao todo o país conta com 82,9 mil usinas geradoras e 114,3 mil unidades consumidoras que recebem os créditos pela energia gerada.