A quinta rodada de negociação do Acordo Coletivo Nacional dos trabalhadores do sistema Eletrobras não teve avanços, informou nesta quarta-feira, 12 de junho, Emanuel Mendes, presidente da Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL). “A empresa continua querendo retirar a cláusula de demissão em massa, além de apresentar somente 1,5% de reajuste salarial”, disse.

A expectativa era que até o final dessa semana algum avanço nas negociações fosse alcançado. A categoria ameaça fazer greve de 72h caso não tenha seus pleitos atendidos. A empresa, porém, aceitou prorrogar o prazo de negociação até 30 de junho. Uma nova reunião está agendada para o dia 18 de junho, no Rio de Janeiro.

Os empregados pedem reajuste salarial de pelo menos 4,5%, enquanto a empresa oferece 1,5%. Outra pauta que dificulta a negociação salarial é que a Eletrobras não quer renovar uma cláusula do acordo coletivo que impede que a companhia realize demissões em massa.

Remover essa cláusula é importante para a diretoria da Eletrobras, que busca reduzir o quadro de pessoal de 14 mil para 12 mil empregados, uma vez que as tentativas de demissão incentivada não foram suficientes para atingir a meta definida pela companhia.

A greve dos trabalhadores da Eletrobras estava marcada para 3 de junho e, segundo Mendes, já contava com uma adesão em massa. A ideia era colocar os empregados operacionais em uma espécie de “quarentena”, para que a mesma equipe ficasse trabalhando por 24h ou 48h sem troca de turno, como uma forma de pressionar a empresa, uma vez que isso colocaria em risco a operação da rede. As equipes de manutenção também ficariam impedidas de sair.