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No verdadeiro jogo de forças que os fabricantes travam pelo mercado em expansão no Brasil, a GE apresentou a sua nova máquina para competir localmente. A máquina é a Cypress de 5,3 MW de potência nominal, um aprimoramento do modelo apresentado no ano passado também no Brazil Windpower, evento realizado pela Informa Markets – Grupo CanalEnergia. A meta é já ter o modelo negociado nos próximos contratos que a empresa fechar.
De acordo com a diretora de Produto e de Marketing da GE Onshore, Rosana Santos, houve uma série de estudos e modificações que permitiram aumentar a potência da máquina. Hoje há um protótipo rodando na Holanda, mas a ideia é a de nacionalizar o equipamento. “Hoje estamos em conversas avançadas, mas não posso revelar porque ainda são negociações, mas essa é a máquina que traremos para o Brasil”, disse a executiva.
A GE, continuou Rosana, está operando “mais low”, como todo o mercado em geral, e com isso a empresa está adaptando a sua fábrica para atender aos futuros pedidos dessa nova máquina. O início da produção da Cypress, contudo, ainda não está definido, pois depende da efetiva contratação derivada das negociações que estão em andamento.
Os projetos que a empresa busca são alguns negociados no leilão do ano passado e empreendimentos no mercado livre. No processo, a GE está trabalhando também para qualificar a sua cadeia de fornecimento para atender às regras do Finame. A produção poderá ser iniciada entre o final de 2020 e o início de 2021.
Aliás, o mercado livre é um ambiente que a empresa vê como uma tendência inexorável. Inclusive, os resultados dos últimos leilões têm reforçado essa visão, principalmente no ano passado. Ela lembrou que os empreendedores destacam uma parcela do projeto para atender ao mercado regulado que possui contratos de mais longo prazo e financiáveis junto ao BNDES, como o risco é menor, o preço da energia ofertada é mais baixo. Por outro lado, buscam maior retorno com outra parcela no mercado livre a um preço um pouco mais elevado. “Essa mistura é que permitiu o verdadeiro boom do mercado livre no Brasil”, destacou.
Em paralelo, acrescentou, o próprio BNDES alterou sua política ao introduzir o mecanismo do PLD suporte que captura mais o risco do livre. E na esteira do banco de fomento federal vieram as instituições financeiras comerciais começaram a lidar com esse risco também, assim como já ocorre no exterior.
“A combinação desses três fatores levou ao crescimento da eólica no mercado livre e daqui para frente o que estou percebendo é que não temos apenas clientes grandes recorrendo a esse mix, há investidores menores entrando no ACL porque passaram pela curva de aprendizagem no país”, ressaltou.