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Um estudo do Boston Consulting Group (BCG) aponta que a introdução de veículos elétricos pode gerar de US$ 3 bilhões a US$ 10 bilhões em valor para as utilities com média de 2 a 3 milhões de clientes até 2030. Intitulado Veículos Elétricos são Oportunidade Multibilionária para as Utilities (em tradução livre do inglês), a publicação destaca que para capturar esse valor as empresas devem agir em três frentes: investir para melhorar a infraestrutura, apoiar as políticas para eletrificação do transporte e oferecer novos produtos e serviços relacionados à mobilidade elétrica.

O estudo não traz números específicos para o Brasil, mas a avaliação de André Pinto, sócio do BCG e líder da prática de Energia no país, é de que enquanto as baterias não estiverem bem desenvolvidas para a geração distribuída, o papel dessa modalidade de produção de energia será menor no carregamento de veículos elétricos por aqui. Outra questão é que a participação das vendas de elétricos no país ainda deverá ser baixa mesmo que até 2030 tenhamos uma frota de 2 milhões de unidades.

Apesar de ser um número baixo ante os 45 milhões de unidades, deverá representar 20% das vendas. E ainda deve-se levar em conta que a perspectiva do ponto de vista econômico, as vendas deverão se concentrar inicialmente em operadores de mobilidade como locadoras de veículos, táxis entre outros. À medida que os preços das baterias recuam pode ser que a competitividade dos veículos elétricos aumente.

O valor de ganhos para as utilities apontado no estudo, afirmou o executivo é médio por empresa. Por aqui o montante deverá ser substancialmente menor devido às características do mercado nacional que ainda precisa de infraestrutura, principalmente nos pontos mais remotos do país. Por aqui as maiores oportunidades ainda estão com a GD e investimentos na confiabilidade da rede e em serviços de energia. “Os benefícios com o carro elétrico não vejo serem capturadas no curto ou médio prazo”, destacou o executivo do BCG.

Em temos de consumo de energia, a adoção do VE não impactará o consumo de energia. Mas será necessário estabelecer uma rede de abastecimento rápido na cidade até porque os carregamentos são normalmente feitos ou no local de trabalho ou em casa. Eventualmente, é feito na rua. Além disso, o veículo é naturalmente urbano e não feito para viagens intermunicipais ou estaduais.

Para chegar ao ganho apresentado no estudo, o BCG levou em conta que Até 2030, cerca de um quarto de todos os carros e caminhões leves na estrada serão elétricos (incluindo veículos híbridos e totalmente elétricos). E essa mudança envolve não apenas o desenvolvimento de veículos elétricos, mas também a modificação de infraestrutura, como estradas e portos, para permitir a recarga – e isso tem implicações muito significativas para as concessionárias. Segundo a empresa, as utilities devem se planejar e depois agir de imediato para superar os desafios que surgirão.

Isso inclui criar uma visão e um plano para o transporte elétrico, estabelecendo uma governança clara e colaboração multifuncional, garantindo o planejamento e a execução eficaz de novos projetos relacionados ao transporte elétrico e desenvolvendo novas capacidades para ter sucesso na era do VE. De acordo com a consultoria, as empresas que não conseguirem se mover de forma agressiva perderão as oportunidades e, consequentemente, o valor que podem ser criados pela mobilidade elétrica.