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A ABB aposta no uso da tecnologia para se diferenciar da concorrência e assim manter sua participação de mercado no segmento das renováveis. Atualmente a empresa calcula que está presente de alguma forma em 50% dos parques eólicos nacionais e em 60% dos projetos solares em operação no país. A empresa tem como foco a redução de custos operacionais e disponibilidade da infraestrutura para seus clientes.
Para isso, explicou o vice-presidente de marketing e vendas da divisão de Power Grids, Glauco Freitas, a empresa coloca suas fichas não apenas na subestação digital, mas em periféricos que contam com essa mesma tecnologia para buscar mais eficiência. “O que me diferencia não é a subestação, mas a solução de infraestrutura para a planta com os transformadores inteligentes, aquisição de dados digitais online que ajudam na programação de manutenção preditiva e preventiva e ainda desenvolvemos os óculos de realidade aumentada”, propagandeou. “Por estes parques estarem distantes e espalhados pelo país, esses óculos possibilitam que o operador possa contatar-nos e podemos orientá-lo de nossa base localizada na cidade de Guarulhos”, acrescentou.
Com isso, afirmou o executivo em entrevista durante o Brazil Windpower 2019, realizado no final de maio pela Informa Markets – Grupo CanalEnergia, há uma economia significativa com gastos e tempo de recuperação do equipamento.
A empresa não revela os investimentos realizados no desenvolvimento dos equipamentos. Contudo lembra que o segmento de fornecimento para as fontes renováveis tem uma participação importante para a divisão Power Grids. O executivo não revela qual o volume financeiro, apenas que a participação desses negócios representa um terço da receita da unidade. Hoje a ABB fornece equipamentos no setor eólico que são utilizados no aerogerador, até a conexão de um parque com a Rede Básica.
“Hoje esse mercado de renováveis é tão importante para nós quanto o de transmissão de energia”, definiu Freitas.
Independente do acerto comercial de um projeto, se a energia é vendida no mercado livre ou no regulado, a empresa busca sempre por projetos. Mas, ele tem visto um grande crescimento da demanda no ACL. Até porque esse mix dos últimos anos tem sido a estratégia que fecha a conta dos investimentos feitos nas plantas de geração.
“A competitividade tem sido grande nos leilões, se não tiver esse mix de contratação que estamos vendo a conta não fecha. Acho que o leilão A-4 deve mostrar novamente isso, tarifa baixa no ACR e uma parte destinada para o ACL”, estimou.
Para a ABB, esse modelo é positivo uma vez que viabiliza novos projetos e isso significa oportunidade de fornecimento. “Nosso objetivo agora é o de buscar não apenas o capex e sim o opex, com os equipamentos digitais proporcionamos um custo operacional menor. Agora o cliente tem que ver valor nas nossas soluções, senão não faz sentido. A geração com alta taxa de disponibilidade é obrigação do gerador e posso contribuir na parte da transmissão”, finalizou ele.