As condições de atendimento da demanda levaram o custo marginal de operação a sair do zero pela primeira vez desde o início do mês. A informação é da revisão 2 do Programa Mensal de Operação referente a junho. O valor médio ficou estabelecido em R$ 69,70/MWh em todo o país, resultado do custo a R$ 70,45/MWh nos patamares de carga pesada e média e de R$ 69,02/MWh no leve.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, as previsões de energia natural afluente nos dois maiores submercados do país recuaram na comparação com a semana passada. No maior, o Sudeste/Centro-Oeste passou de 100% para 96% da média de longo termo. Já no Sul a queda foi de 20 pontos porcentuais, ainda assim, acima da média com 171%. No Nordeste aumentou para 54% e no Norte recuou levemente para 90% da média histórica.
Mas, ao mesmo tempo a previsão de carga para o final de junho desacelerou para um crescimento de 1,5% ante os 2,4% esperados na revisão anterior. A maior expansão está no Norte com 5,8%, no SE/CO o crescimento esperado é de 1,7% e no NE de 0,8%. No Sul está a única queda projetada, de 0,7%, todos indicadores na comparação com o mesmo período de 2018.
Quanto ao nível esperado dos reservatórios o movimento não tem uma tendência única. Na comparação com o nível inicial desta sexta-feira, 14 de junho, no SE/CO é esperado aumento de 0,2 p.p. para 48,5% e no Norte de 1,1 p.p., para 74,3%. Nos outros dois, queda, para 86,1% no Sul e 55,4% no NE.
A programação de despacho térmico aumentou. Para a semana operativa que se inicia neste sábado, 15 de junho, serão 5.031 MW médios, a maior parcela por inflexibilidade com 3.690 MW médios, por ordem de mérito são 870 MW médios e outros 471 MW médios por restrição elétrica.