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A expansão de 29,4 MW do parque eólico de Delfina, maior projeto dessa fonte da Enel Green Power Brasil (EGPB) em operação no país, localizado em Campo Formoso (BA) foi o primeiro a ter energização efetuada a distância. A manobra ocorreu a uma distância de 1,8 mil quilômetros, distância que separa o empreendimento do Centro de Controle Integrado, instalado na UHE Cachoeira Dourada (GO, 658 MW).

De acordo com a responsável pela empresa no Brasil, Roberta Bonomi, antes cada planta iniciava suas operações com o apoio das equipes de campo nos canteiros de obra e, posteriormente, a operação era integrada, permitindo o acompanhamento de dados sobre a performance da usina à distância. Com esse novo método, disse a executiva à Agência CanalEnergia, a operação fica mais segura e mais otimizada.

“De agora em diante os nossos próximos projetos passarão a ser energizados da mesma forma, da sala de controle em Goiás. Essa localidade foi escolhida por ser a central onde a estrutura e digitalização está mais avançada”, explicou Roberta. Anteriormente, o centro de controle para os projetos eólicos e solar da empresa ficava no Rio de Janeiro, até ser transferido para a usina goiana. Inaugurado em 2016 o centro é o responsável pelo controle em tempo real das usinas da companhia no Brasil, que reúne as fontes eólica, solar e hídrica.
O grupo possui, por meio de suas subsidiárias EGPB e Enel Brasil, uma capacidade instalada total de renováveis de cerca de 2,4 GW, dos quais 782 MW de energia eólica, após o início da operação da extensão de Delfina, 370 MW de energia solar fotovoltaica e 1.269 MW de energia hídrica. Além disso, a EGPB possui cerca de 1,9 GW de projetos eólicos e solares em execução. Segundo a empresa. ao passo que os projetos avancem, estes serão integrados ao centro de operações.

Há ainda mais 550 MW sob gestão do centro, mas que foram recentemente negociados pela companhia. Bonomi explicou que essa potência está sob contrato de prestação de serviço.

A EGP também está integrando o monitoramento de todas as suas usinas num mesmo software, o que representa mais um avanço, na medida em que as informações e ferramentas de atuação ficam centralizadas, aumentando a segurança e a eficácia do trabalho realizado pelas equipes. Atualmente, todas os parques solares e eólicos já estão integrados ao mesmo sistema e a empresa trabalha para concluir a integração de todas as plantas de fonte hídrica, processo que envolve suas PCHs.

Nesse projeto, a expectativa é de que os primeiros resultados comecem a ser obtidos no final do terceiro trimestre. “Nesse momento não será mais um piloto e teremos dados mais concretos. Com a automação dessas PCHs queremos alcançar mais produtividade, eficiência e segurança com menor interação de pessoas ao gerenciar sistemas de forma remota”, ressaltou.

No escopo do projeto está a meta de utilizar a tecnologia para sistemas de alarmes, inteligência artificial e usar da melhor formas as informações geradas pelas usinas. Como consequência, a tendência é de aumentar o fluxo de trabalho dessa unidade e elevar o número de pessoas que atuam nesta central. “Os dados e informações que serão gerados nos darão uma base importante para o uso de algoritmos e assim decidir o melhor momento de manutenção preditiva”, disse a executiva.
Essa ação ocorre junto às PCHs pois estas centrais são as que mais necessitam desse tipo de ação, já que as fontes solar e eólica já nasceram em uma época digital. “A hídrica não está longe, já estamos chegando nesse mesmo ponto de digitalização para as nossas hídricas”, finalizou.
*(Nota da redação: matéria alterada em 17 de junho às 9:30 para correção de informações).