O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Joaquim Levy, pediu demissão do cargo no último domingo, 16 de junho. Em mensagem ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Levy agradece o convite para presidir o banco e a dedicação e determinação da diretoria. “Agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa tradição de excelência e responsabilidade”, diz a mensagem.
Levy entregou o cargo após o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado a jornalistas que ele estaria com ‘a cabeça a prêmio há algum tempo’. O motivo dele ter caído em desgraça foi a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de Mercado de Capitais do banco. Para Bolsonaro, o nome não é de confiança, e “gente suspeita” não poderia ocupar cargo no seu governo. Pinto foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Eu já tô por aqui com o Levy, falei para ele: ‘demita esse cara na segunda-feira ou eu demito você sem passar pelo Paulo Guedes‘”, disse Bolsonaro.
Na última edição do Brazil Windpower, realizada no fim de maio, Levy foi um dos participantes. Na ocasião, ele afirmou que o banco analisava 2,7 GW para projetos de energia para o mercado livre, sendo 818 W de eólicas. Ele reafirmou a disposição do BNDES em seguir apoiando o desenvolvimento da fonte no país.
* Com informações da Agência Brasil