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O leilão para contratação de energia elétrica A-4 está confirmado para o 28 de junho, garantiu o diretor de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Erik Eduardo Rego. O debate sobre a conveniência do cancelamento do leilão está presente entre os agentes nos bastidores, uma vez que já se considera como certo que haverá uma baixa contratação no certame. A reportagem apurou que desde a última sexta-feira, 14 de junho, os participantes começaram a receber a confirmação dos projetos habilitados para a disputa.
“O leilão está mantido e o resultado individual da habilitação é enviada aos empreendedores”, disse Rego. O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, disse que em nenhum momento o cancelamento do leilão foi cogitado.
A reportagem apurou que a expectativa de contratação do leilão está entorno de 300 MW. Algumas apostas mais otimistas falam em até 500 MW. Para um consultor, que pediu anonimato, cancelar o leilão neste momento seria um sinal muito negativo, ainda mais considerando que a equipe do Ministério de Minas e Energia ainda não “mostrou a que veio” sobre o pretexto do processo infindável da discussão sobre a reforma do modelo setorial.
Na opinião de Sérgio Costa, diretor executivo da VILCO Energias Renováveis, a contratação do A-4 deverá ser entorno de 250 MW. “Claro que o governo pode querer dar um estímulo, sendo esse o 1º leilão da atual gestão do Poder Executivo, se não considerarmos o leilão do sistema isolado de Roraima que foi um sucesso. Então é importante ter uma sinalização para toda a cadeia, desde os investidores até os fornecedores de equipamentos e serviços. Mas de outra forma, se as distribuidoras estão sobrecontratadas, e ainda estamos patinando para retomar o crescimento econômico, não é eficiente realizar o A-4 somente para cumprir o cronograma e a previsibilidade de leilões”, disse.
A previsão de crescimento do PIB neste ano foi revisada para 1% em 2019. Para o leilão, foram cadastrados 1.581 projetos, totalizando 51.204 MW de oferta. Para esse A-4, os projetos devem entregar energia ao sistema a partir de 1º janeiro de 2023.
Um advogado que representa alguns clientes participantes do certame confirmou que as habilitações já estão sendo confirmadas pela EPE. O órgão não divulga mais o volume de projetos habilitados. O custo de realização do leilão não é tratado como barreira, uma vez que o valor é considerado baixo, entorno de R$ 80 mil. Esse custo normalmente é pago pelos participantes do leilão.