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Com 17 anos de atuação no Brasil, a distribuidora de produtos e serviços para o setor automotivo e de informática Mobimax anunciou sua entrada no mercado de energia renovável com kits fotovoltaicos para atender residências, pontos comerciais e indústrias com energia limpa e sustentável. O produto oferecido promete facilitar a escolha e a instalação do sistema para geração solar em relação às opções já oferecidas no mercado brasileiro, aumentando a eficiência do serviço e potencializando os benefícios da autoprodução energética.

“O Mobimax Solar é um sistema fácil e prático de instalar e que tornará possível gastar bem menos com as contas de luz em casa, encontrar o sistema de energia mais indicado para o seu negócio nunca deixar de ser rentável, evitar apagões, aumentar a produtividade, e claro, ainda ser sustentável”, explica o diretor-geral da Mobimax, Mário Okuno.

A empresa trabalha atualmente com 155 configurações para os kits, tendo adicionado recentemente seis novos tipos de inversores que completam um portfólio de mais de 450 combinações de sistemas diferentes a partir do que a companhia tem em estoque. Sobre os preços, o executivo revela não haver limites para a expansão das plantas, mas que o valor mínimo para um sistema de pequeno porte fica em torno de R$ 3 mil. O tempo de vida útil da solução é estimado em 20 anos, já que depois desse período a tendência é que os painéis percam produtividade, produzindo cerca de 20% a menos de energia devido a acumulação de perdas ao longo deste tempo.

Ainda que os benefícios da energia solar sejam conhecidos pelo público de uma maneira geral, o diretor conta que um dos paradigmas a ser quebrado nesse mercado é a ideia de que esses sistemas são caros e complexos, lembrando também que essa tecnologia valoriza o imóvel e praticamente não mexe no orçamento mensal, devido a produção de energia ser compensativo nas contas. “É um investimento que se paga rápido e se estende em torno de 25 anos. Nossa vontade é entrar nesse mercado e facilitar a decisão para quem esteja procurando um sistema simples e completo de geração solar para sua casa”, define.

O tempo de retorno do investimento, chamado de payback, representa o período necessário para que o custo de instalação se pague e, a partir de então, comece a dar lucro para o proprietário. Usando a média nacional, em um sistema residencial, por exemplo, os recursos retornariam em seis anos. Na avaliação de Okuno, a energia solar é uma medida de economia que apresenta hoje um benefício financeiro melhor que muitos investimentos de baixo risco, como a renda fixa ou poupança. “Para se ter uma ideia, com o uso da tecnologia o retorno pode chegar em até quatro anos de payback, com uma produção de energia totalmente gratuita por mais de 20 anos”, destacou.

 

Valor mínimo para um sistema de pequeno porte é de aproximadamente R$ 3 mil

Mercado oportuno mas competitivo

O momento para entrada no segmento é oportuno, visto que o país deverá ter um salto de 44% na capacidade instalada da fonte em 2019, de acordo com projeção feita pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A ideia é que essa tecnologia renovável entre para a cultura dos brasileiros, passando a enxergar a energia solar como um bom investimento, tanto para o bolso quanto para o meio ambiente.

Segundo a Aneel, até 2024, algo em torno de 1,2 milhão de geradores fotovoltaicos devem ser instalados em empresas e residências em todo o país, o que representaria 15% da matriz energética nacional. Para entrar em um mercado tão competitivo e em ascensão, a Mobimax Solar conta com a expertise de trabalho e troca de informações estratégicas com grandes clientes, como a Apple, Volskwagen e a GM, num processo que habilita novas experiências de negócios baseado na descoberta de insights a partir de dados compartilhados.

“Somos reconhecidos no mercado pelo nosso pioneirismo, inovação e qualidade. Pegamos o conceito excelência do produto e qualidade de compra em nossa experiência com a Apple”, conta o diretor, afirmando que o processo foi sendo aprimorado até a percepção de uma forte demanda por parte de setores e até de amigos em trazer produtos diferentes para o mercado brasileiro. “Vimos a oportunidade e decidimos entrar com um produto voltado ao atendimento em forma de kit, visando facilitar a venda do produto e aceitação do mercado”.

A companhia conta com fornecedores reconhecidos mundialmente e uma logística que garante cuidado com o produto desde o estoque até a entrega, além de uma equipe de profissionais altamente capacitados e devidamente treinados, garantindo a qualidade da solução e de todo suporte e atendimento necessários. O fabricante dos painéis é a TrinaSolar, mas o executivo afirmou que assim que o dólar abaixar e se estabilizar, irá fazer a importação de um novo material com a Sun Power, um produto premium e muito caro, mas que ele afirma ser diferenciado. “Dizem que não existe essa demanda para esse mercado no Brasil, mas tenho quatro clientes já esperando essa nova tecnologia chegar”, revelou, afirmando que a lista de fornecedores atuais é completada pela GoodWee, Fronius, Proauto, Solar Group e a Enphase.

Mário Okuno também compartilhou um lado pessoal seu para entrada nesse ramo: sempre foi uma pessoa “muito econômica em tudo”, e após sua experiência morando na Europa percebeu quantas coisas se desperdiçam no Brasil, sobretudo energia, que para ele é cara e sem qualidade. Era preciso proporcionar uma independência ao consumidor diante desse cenário. “Nós temos vários problemas de energia no país, então se conseguimos facilitar e dar um pouco mais de independência ao consumidor e salvar o planeta, é muito melhor e me dá um prazer muito grande em atuar nesse mercado”.

Sobre as perspectivas de expansão, o executivo é enfático ao afirmar que há muita gente entrando nesse meio, e por isso também a ideia de se lançar na frente de atendimento, com os kits sendo mais vendáveis para clientes residenciais e comerciais. Ele conta que apesar de terem surgido outras oportunidades dentro do segmento, o foco é atuar nessa área específica, com uma meta atual de atingir 2 MW negociados para os próximos dois messes de atividade. “Desde o primeiro dia de inserção no mercado surgiram diversas oportunidades para entrar como participante em leilões, de usinas querendo contratar. Estou vendo que o negócio pode vir a ser maior do que o planejado no futuro”, prevê.

Novos negócios

O primeiro fornecimento da Mobimax Solar aconteceu para o Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso, onde a J.P Eneregy Engenharia já construiu quatro plantas fotovoltaicas nos Fóruns Trabalhistas de Sinop, Várzea Grande, Tangará da Serra e mais recentemente, no começo deste mês, em Sorriso, totalizando 265kWp de potência e com estimativa de geração anual de 355.630 kWh para esses sistemas.

Com capacidade instalada de 40 kWp, a expectativa é que 60% da energia gerada seja utilizada pela própria unidade de Sorriso. Os 40% restantes serão utilizados para compensação de valores na conta de energia da Vara do Trabalho do município de Nova Mutum. Segundo o Fórum, o valor gasto para instalação da planta foi de aproximadamente R$ 132 mil, o que deverá ser totalmente recuperado em menos de três anos, especialmente com a atual tarifa de energia, acima de 0,93 centavos de real por kWh.

Quanto a relação com os fornecedores, Mário Okuno informou que uma carga de três modelos microinversores deve chegar essa semana da Europa. Um produto inovador, que funciona bem no calor e que está sendo muito utilizado hoje no Havaí, com características de estabilidade, produção e longevidade, numa garantia de vida de 20 anos. “Para se ter uma ideia, o melhor que temos no mercado hoje chega só até sete anos”, conta o diretor, que informou também estar fechando uma parceria com a empresa Talesun para entrar no mercado mexicano, onde também há muito potencial para a energia solar.