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Trabalhando com várias camadas de dados do setor elétrico, a Ecotx chega ao mercado querendo ser uma plataforma digital capaz de abrigar todas as informações para players e fundos investidores interessados na aquisição de ativos de energia no Brasil. De acordo com Luiz Fernando Ortega, Chief Technology Officer da empresa, a motivação veio de uma atuação de 10 anos no setor com a Ecotechne, que presta serviços e consultoria em projetos de geração e transmissão. Através dela, ele reuniu muitas informações e o contato com players. “A ideia foi lançar uma plataforma usando as informações do SEB, como a fundiária, ambiental e elétrica que temos hoje para conseguir vender ativos de energia para fundos de investimentos ou empresas do setor”, avisa.

Ortega explica que a plataforma vai ser uma espécie de roadmap/dataroom e similar ao site de alugueis Quinto Andar. Ela também vai agregar dados do Incra, da Agência Nacional de Energia Elétrica, Empresa de Pesquisa Energética e do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Por exemplo: um parque eólico que esteja à venda, vai ser possível para o interessado saber informações sobre a distância para a subestação, o escoamento de energia, a tarifa de transmissão, os concorrentes que possuem empreendimentos próximos, a regularização fundiária ou ainda eventuais problemas ambientais.

Ainda segundo o diretor da Ecotx, foram criados dois produtos: um é o mapa para visualizar os ativos e o outro para o processo de compra, de M&A. Os interessados serão selecionados por métricas, por não  ser interessante fornecer acesso a quem não tem perfil de comprador de ativo. A meta é no próximo mês converter os usuários beta em usuários pagantes, com o site sendo inaugurado em dois meses. A seção de aquisições também deve começar a funcionar no próximo mês. Como diferencial, ele explica que a empresa almeja inserir todas as subestações de distribuição, aspecto importante para os clientes de geração distribuída. O uso vai permitir a redução de custos e riscos, cesso a oportunidades de investimentos e processos digitais mais rápidos e seguros.

Ele conta que a plataforma é positiva para as aquisições porque nesse processo muitas vezes os data rooms se mostram desorganizados e sem atualizações documentais, que muitas vezes são duplicadas ou sem validade em links de serviços de armazenamento em nuvem. “A rastreabilidade de documentos é muito ruim”, avisa. A empresa está investindo em robôs que buscam informações, inteligência artificial e na adaptação de sistemas de gerenciamento de documentos de projetos. Ele promete contratos dentro da plataforma com assinatura digital e ferramentas para assegurar transparência às operações. O processo de garimpo e cruzamento dos dados também é definido por Ortega como complexo, por envolver muitas fontes para a consolidação das informações.

A meta da empresa é ter até o fim de 2019 cerca de 200 usuários na parte de mapas e conseguir inserir 3 GW em projetos à venda na parte de M&A. O foco vai ser em usinas de energia renovável, como os solares. As usinas solares teriam mais facilidade de venda. Funcionando atualmente em versão beta, dez usuários já fazem uso do sistema, sendo oito grupos de linha de frente do setor e dois grandes grupos de Geração Distribuída.

Ainda em 2019, Ortega quer que a empresa se transforme no maior banco de dados do mercado brasileiro. Segundo ele, o retorno das empresas que estão usando a versão experimental da plataforma está sendo positivo. “Como são empresas de bastante know how, elas têm ajudado muito, com demandas específicas em algumas regiões”, comenta. A Pacto Energia adquiriu uma participação na Ecotx. A aproximação veio do projeto 25/25 da Pacto, que consiste em desenvolver 25 GW de projetos solares até 2025.

Uma possível disputa da plataforma com os desenvolvedores não está nos planos de Ortega. Para ele, a ideia da Ecotx não é desenvolver, mas sim dar o meio para o desenvolvedor vender os seus projetos. Ainda segundo ele, determinados gastos que os desenvolvedores têm com os projetos podem ser mitigados com o uso da plataforma.