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A Engie terá que encontrar outra solução para efetivar a travessia da linha de transmissão em 525 kV Ponta Grossa-Ivaiporã circuitos 1 e 2. O projeto foi planejado para passar por baixo da LT 600 kV CC Foz do Iguaçu-Ibiúna, porém a empresa pretendia passar por cima.

A Engie Brasil Transmissora alegou inviabilidade de executar a travessia dos circuitos por baixo, uma vez que não há possibilidade de atendimento às distâncias mínimas de segurança exigidos nas normas técnicas. A alternativa apresentada pela empresa foi passar por cima, porém o Operador Nacional do Sistema (ONS) vê um aumento de risco na operação do bipolo de Itaipu.

A perda de qualquer dos bipolos de Itaipu poderia acarretar na necessidade de redução da geração da usina, trazendo impacto expressivo ao sistema e à população, o que é agravado pela sua origem contratual. O sistema de Itaipu tem outra característica estratégia de interligação internacional com o Paraguai.

“O certo é que, devido à configuração definida para a integração da Usina de Itaipu ao sistema brasileiro, que exige um alto nível de desempenho e disponibilidade do sistema, a alternativa de transposição por cima de qualquer dos dois bipolos é, sem dúvida, uma solução que traz maior risco para a manutenção do nível de disponibilidade necessário para esse sistema”, diz a nota técnica da Anel vista pela Agência CanalEnergia.

A Engie foi vencedora do Lote 1 do leilão realizado em 15 de dezembro de 2017. O sistema é composto por duas linhas: LT 525 kV Ponta Grossa – Ivaiporã C1 e C2, com 170 e 168 km e LT 525 kV Ponta Grossa – Bateias C1 e C2, com 104 e 96 km. A exigência contratual é que a linha fique pronto até 9 de março de 2023.

A Engie alega que a indefinição sobre o traçado pode acarretar em atraso do cronograma de implantação do projeto. O ONS apresentou como solução o alteamento da LT 600 kV CC Foz do Iguaçu-Ibiúna. Porém, a Tabocas Engenharia, empresa contratada para construir a linha, informou que o alteamento do bipolo de Itaipu exigiria a interrupção da linha pelo período de 21 dias, tempo considerado em função dos impactos causados na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluiu que a “travessia de qualquer novo sistema de transmissão por cima do sistema HVDC de Itaipu representa uma elevação do risco de contingência para esse sistema e consequentemente para o seu desempenho, que é parte de um acordo binacional”. Por esse motivo, o regulador indeferiu o pedido da Engie.