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O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata, afirmou durante debate em Brasília que tem “absoluta convicção” de que mesmo com o crescimento da geração distribuída a transmissão de energia continuará tendo um papel primordial de otimização do sistema. Esse papel, segundo o executivo, será importante não apenas para as hidrelétricas, mas também para as novas fontes renováveis.

Barata destacou que nos próximos anos haverá concentração de usinas eólicas no Nordeste. A produção vai ultrapassar a carga e terá de ser exportada, o que será feito necessariamente pelo sistema de transmissão. Todo o contexto atual amplia ainda mais a complexidade da operação, na avaliação do executivo.

Hoje a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional é multiproprietário, com 133 agentes, e a previsão é de que a malha existente passará de 145,5 mil km de linhas de transmissão em 2018 para 185,5 mil km em 2023, destacou o executivo. Nos próximos quatro anos, a expansão da geração para fazer frente à carga será baseada em fontes renováveis como eólica e solar fotovoltaica, com as eólicas em maio número no Nordeste e a solar nas regiões Sudeste e Sul.

Os desafios da operação do sistema diante das mudanças na configuração da matriz elétrica foi outro ponto discutido nesta quinta-feira, 27 de junho, no 1º Seminário Internacional de Transmissão de Energia Elétrica promovido pelo Cigré – Brasil e a Abrate (que representa as transmissoras). Sinval Gama, diretor de Operação do ONS, destacou o desafio de superar a intermitência das novas fontes de geração e destacou como necessidades futuras a busca de automação de dados e de atualizações regulatórias.

João Henrique Franklin, da Companhia Hidrelétrica do São Francisco, disse que o futuro é a manutenção da geração centralizada, mesmo com presença cada vez maior da geração distribuída. Isso vai exigir ainda mais da operação do sistema. Franklin acredita ser necessário aperfeiçoar as ferramentas de decisão em tempo real e dar maior autonomia aos agentes.

O futuro da operação, na avaliação do representante da Chesf está ligado à evolução tecnológica e à expansão cada vez maior da energia eólica e solar. Projetos híbridos serão uma realidade, o que vai otimizar a transmissão, e situação da fonte hídrica estará ligada à questão dos usos múltiplos da água.

“A transmissão tem futuro, mas um futuro diferente de hoje. Principalmente na operação”, disse Franklin. Ele acredita que será preciso foco na segurança com otimização de processos e tecnologia, além de aperfeiçoamentos na regulamentação, que hoje é complexa, já prevendo desdobramentos futuros.