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A chinesa Trina Solar trabalha com a meta de conquistar 20% do mercado brasileiro de energia solar. “Nossa previsão é passar de uma fatia de 1% para 20% em 2019”, disse Álvaro García-Maltrás, diretor geral para a América Latina e Região do Caribe da companhia, em conversa com jornalistas do Brasil, afirmando que também está de olho no mercado de geração centralizada.
A chinesa fechou seu primeiro contrato expressivo de venda para a sua nova linha premium de painéis solares com a brasileira Aldo Solar. São módulos monocristalinos de 400 w, com porcentagem de eficiência de 19,7%. A Aldo será a primeira a comercializar no Brasil um dos produtos da Trina.
De acordo com Aldo Teixeira, presidente da Aldo Solar, a primeira encomenda de 75 mil painéis (30 MW) será entregue no terceiro trimestre deste ano. Para o quarto trimestre, há uma expectativa de um novo pedido de mais 60 mil unidades, totalizando 125 módulos ou 50 MW em 2019.
A Aldo vai montar os demais componentes e estruturas dos sistemas de geração solar no Brasil, em sua sede em Maringá, no Paraná, na qual investiu R$ 40 milhões. A expectativa é que o mercado de energia solar fique mais aquecido no segundo semestre do ano.
“Por volta de 1997, comecei com a perspectiva de expandir o uso da energia solar, e fico contente por encontrar parceiros que pensam como nós. Naquela época, nossa meta era termos 500 projetos de energia solar, e hoje são mais de 50 mil no mundo todo. Já conseguimos instalar 40 GW de energia solar globalmente”, disse CEO da Trina Solar, Jifan Gao, em nota.
O Brasil possui 2,3 GW de capacidade solar instalada, sendo 1,2 GW instalados em 2018. A fonte solar possui uma participação de 1,2% na matriz de geração do país. A geração solar distribuída representa 827,5 MW, segundo dados de junho da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Considerando apenas as usinas já contratadas, a fonte deve alcançar 3,7 GW até 2022.
Quando a geração distribuída, as regras vigentes devem mudar em breve. Nesse momento a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discute a cobrança pelo uso da rede, que será paga pelos consumidores que instalarem seus próprios sistemas de geração.
Segundo Aldo, essa mudança deve impactar o tempo de recuperação do investimento, passando dos atuais 40 meses para 50 meses. “O setor está otimista, mas devemos ter um impacto de 20% no breakeven”, disse o executivo.