A temporada chuvosa na bacia do Tocantins começa em 1º de dezembro. Para esta data, a previsão é de que o lago da hidrelétrica de Serra da Mesa (GO) chegue a um volume útil armazenado de 16 a 18%, patamar semelhante ao de 1º de dezembro de 2015, quando a UHE registrou 15,7%. Caso a previsão se confirme, o reservatório iniciará o período chuvoso num nível mais alto do que o registrado entre 2016 e 2018. A informação foi confirmada durante a reunião da Sala de Crise da Bacia do Rio Tocantins, realizada na última terça-feira (25), na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília.
A melhora nos níveis se deve à política de operação adotada ao longo do período chuvoso, que permitiu uma maior acumulação hídrica em Serra da Mesa, o maior reservatório da bacia, que fica na região de cabeceiras do rio Tocantins e escoa água para os demais reservatórios do sistema: Cana Brava (GO), São Salvador (TO), Peixe Angical (TO), Lajeado (TO), Estreito e Tucuruí (PA).
No momento, a bacia do Tocantins está num cenário de armazenamento semelhante ao registrado entre 2017 e 2018. As vazões e afluências estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT) tanto em Serra da Mesa quanto no reservatório de Estreito (TO/MA) com base nos dados de outubro de 2018 a junho de 2019, apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Apesar das baixas vazões e afluências, a normalidade dos usos da água ao longo do rio Tocantins tem permanecido.
Além da ANA e do ONS, participaram da reunião da Sala de Crise de hoje representantes do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA/MA), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Tocantins (SEMARH/TO), Defesa Civil, BR Energia, Enerpeixe, Furnas, além dos Ministérios de Minas e Energia, Ambiente e Infraestrutura. A próxima reunião está marcada para 13 de agosto e irá discorrer sobre a temporada de praia e da situação dos submercados da bacia.