Os empregados da Eletrobras suspenderam por tempo indeterminado a greve prevista para esta segunda-feira, 1º de julho. A suspensão ocorreu após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) entrar como mediador do processo e pedir extensão das negociações.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) informou que, após a sexta rodada de negociação, não houve avanços, uma vez que a Eletrobras manteve a proposta de excluir uma cláusula no acordo coletivo que impede a demissão em massa.

Os trabalhadores já estavam mobilizados para iniciar uma greve nesta segunda-feira, 1º de julho, porém o TST realizou uma reunião no dia 26 de junho, pedindo que as partes prorrogassem a negociação até o final de julho.

Segundo a CNE, a prorrogação foi sugerida à Eletrobras pelo mi­nistro vice-presidente do TST, Renato de Lacerda Paiva, como condição para que o processo de me­diação pudesse prosseguir. Em contrapartida, tam­bém solicitou que as entidades sindicais deliberas­sem em assembleias a suspensão do movimento grevista.

“ Considerando nosso objetivo de não recuar nas conquistas históricas da categoria, diante do ce­nário adverso trazido pelo desmonte da legislação trabalhista e levando em conta a conjuntura política brasileira, assim como o cenário de ameaça de pri­vatização, o CNE entende a importância do processo de mediação e conta com o respaldo da categoria eletricitária para continuar a construção de um ACT digno e justo, sem retirada de direitos”, diz a CNE em comunicado.

O acordo deveria ter sido concluído em maio. A categoria pede aumento de pelo menos 4,5%, enquanto a Eletrobras oferece apenas 1,5%.