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Sem nenhum projeto em operação no Brasil, mas já uma realidade no mundo, a energia eólica offshore já vai dando os primeiros passos no país e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis começa se preparar para o licenciamento ambiental da fonte. No Workshop Internacional Avaliação de Impactos Ambientais de Complexos Eólicos Offshore, realizado nesta terça-feira, 2 de julho, na sede do Ibama, em Brasília (DF), o diretor de licenciamento do órgão, Jonatas Trindade, revelou que agora começa uma fase em que vai ser entendido e decidido como será o processo para usinas offshore. “A partir dela vamos definir o escopo mais adequado dos termos de referência para que os estudos ambientais sejam os mais apropriados possíveis para a avaliação de impacto ambiental dos empreendimentos”, afirma .

O diretor – que anunciou consulta pública para o tema – promete que o órgão ambiental não vai ‘reinventar a roda’, criando parâmetros e vai se aproveitar da expertise no licenciamento de áreas com características parecidas, como a de petróleo e gás, que também abrange construções no universo marítimo. “Podemos aproveitar  esse conhecimento para balizar a análise. Queremos nos apropriar desse conhecimento para aprimorar o processo que está em curso no Ibama”, promete.

Trindade avalia que as maiores dificuldades no licenciamento das eólicas marítimas vão ficar por conta dos impactos da instalação do projeto em si, de possíveis conflitos com a atividade pesqueira e em outras atividades em terra para fazer a conexão com a transmissão. Atualmente há quatro projetos para licenciamento de eólicas offshore em curso no Ibama. Por enquanto, o órgão ainda não recebeu os estudos finais para que possa ter algum tipo de avanço no cronograma.

O presidente do Ibama, Eduardo Bim, participou da abertura do evento. Ele destacou a importância do workshop internacional e do aspecto da capacitação do corpo de funcionários. “O Ibama se capacita sempre que há um desafio pela frente”, aponta.