O número de fusões e aquisições na área de energia teve um aumento significativo no setor de energia no primeiro trimestre deste ano. Segundo pesquisa realizada pela KPMG foram fechados 13 negócios envolvendo empresas do setor contra seis no mesmo período do ano passado, um aumento de mais de 110%. Com as reformas e uma possível retomada da economia como consequência é possível que o volume dessas operações possa apresentar um aumento ante o primeiro semestre.
De acordo com o sócio da KPMG, Guilherme Coimbra, o número expressivo de negócios quando se compara os primeiros três meses de 2018 mostra que a energia está na pauta das empresas. Principalmente por conta da transição energética e pela busca de fontes mais limpas. Ele lembrou que até mesmo empresas de óleo e gás tem olhado para essa transição buscando as fontes renováveis.
“O estudo indicou que a maioria dos negócios fechados foi realizada por empresas brasileiras, o que demonstra um aquecimento no setor de energia no país. Além disso, o aumento foi influenciado pela tendência de grandes corporações aumentar a participação de energia renováveis em sua matriz, dessa forma, também querem garantir o suprimento de energia limpa. A pesquisa mostrou ainda que as aquisições não foram apenas no mercado regulado”, apontou Coimbra.
O maior número de operações na série histórica medida pela consultoria ocorreu em 2006 com 61 negócios. O volume ocorrido no ano passado, apesar de um primeiro trimestre mais modesto ficou em 55 operações. E para este ano, Coimbra acredita em um volume expressivo também, apesar de já apontar que o segundo trimestre, recém encerrado esteve em um ritmo mais morno quando comparado ao início do ano.
“Tivemos um crescente nos últimos três anos e este poderemos ver o mesmo comportamento apesar de maio e junho terem sido meses complexos, mas junho e julho prometem se mais animados uma vez que o STF aprovou regras de privatização de estatais”, apontou. “Além disso, temos a reforma da previdência que começa a ser encaminhada, que assim que passar, deve ser iniciada uma agenda de privatizações”, avaliou o executivo.
Por esse motivo, destacou Coimbra a tendência é de que o segundo semestre seja mais animado que os primeiros seis meses encerrados na semana passada