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A gigante CPFL Energia tem planos para expandir seu negócio de distribuição de energia para outros países da América do Sul. A ambição da companhia é se tornar a maior empresa de energia da região. Países com situação política e regulatória mais estáveis podem ser os primeiros alvos, como Chile, Colômbia e Peru.

Contudo, o foco da empresa continuará no mercado brasileiro, de acordo com Gustavo Estrella, CEO da CPFL Energia. A ideia é crescer olhando primeiro para ao Brasil, mas aberto a uma eventual oportunidade na América do Sul. A estratégica de expansão passa pela aquisição de outras concessionárias de energia nos países vizinhos.

“Sempre olhando a lógica de negócio verso a lógica de risco que cada país oferece. Temos que olhar caso a caso, países com mais risco é mais difícil da gente entrar. Países com mais estabilidade, com perspectivas de crescimento, eventualmente são países que podemos focar mais. Chile, Colômbia e Peru são países com boa estabilidade e oferecem boas perspectivas”, declarou o executivo à Agência CanalEnergia na sede da companhia em Campinas nesta sexta-feira, 12 de julho.

O Brasil é responsável por 70% do resultado da State Grid fora da China. São R$ 30 bilhões de receita por ano. “A gente tem escala e conhecimento de mercado. Isso nos dá condição total para operar em qualquer desses mercados se esse for o nosso desejo”, disse Estrella.

A estratégia de crescimento da CPFL passa também pela expansão da geração renovável no Brasil.  “O Brasil tem um potencial de geração renovável forte. Tem muito espaço para crescer”, disse. “Claramente o governo brasileiro mostra que a ideia é focar o crescimento da matriz em geração renovável. Isso coloca a gente numa posição muito boa no mercado”, completou o executivo, destacando a recente captação de R$ 3,7 bilhões.

Follow on

Uma característica que surpreendeu a CPFL no follow on foi a baixa participação do investidor estrangeiro. Do total de recursos captados, 70% vieram de investidores locais e apenas 30% do mercado internacional. Antes de ser comprada pela chinesa State Grid, a CPFL era uma das principais empresas na bolsa de valores de São Paulo, com 70% das ações nas mãos de investidores estrangeiros e 30% no mercado local.

Em sua avaliação, o investidor estrangeiro ainda está muito preocupação com a situação econômica e política do Brasil. Caso o país consiga implementar as reformas necessárias, há um “caminhão de dinheiro” que poderia atracar por aqui.