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A comercializadora Tesla informou que está preparada para fazer novas operações de derivativos de energia após concluir sua primeira operação do tipo neste mês. De acordo com o presidente da empresa, Sérgio Moraes, a primeira operação foi liquidada no dia 8 de julho com bastante sucesso, confirmando as expectativas da companhia de que a modalidade pode proporcionar liquidez ao mercado de energia.
“Como eu havia dito, a operação era um piloto para validar os processos internos. Ela foi liquidada no 6º dia útil de julho, ou seja, dia 08. Transcorreu tudo normalmente. A operação é bastante simples e confirmou as nossas expectativas de que é uma modalidade de negócio que tem tudo para ser bastante disseminada e ganhar liquidez, principalmente pelo momento vivenciado pelo mercado”, disse o executivo à Agência CanalEnergia.
Moraes contou que pretende fazer novas operações de derivativos de energia. “Estamos aptos a fazer novas operações com casas parceiras e no momento, estamos nos preparando para fazer uma de longo prazo.” O executivo disse que saiu vencedor na primeira aposta, mas que o maior ganho foi a aprendizado. “Devemos sim dar continuidade a essa modalidade de negociação”, disse.
Derivativos são contratos que derivam de um ativo (índice, preço, câmbio, ouro, entre outros). Na operação da Tesla, o contrato derivou do preço da energia no mercado de curto prazo. Para que a operação aconteça, as partes precisam ter uma visão inversa do comportamento futuro do preço de energia em um dado período.
A operação é muito utilizada no mercado financeiro e é registrada na bolsa de valores de São Paulo, B3. Essa estruturação de derivativo de energia precisa respeitar as regras do mercado financeiro, dispensando regulação por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ou da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em outros momentos do mercado de energia, algumas empresas já se arriscaram a fazer esse tipo de contrato. Porém, as iniciativas não tiveram continuidade.