fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Um produto desenvolvido por um consórcio liderado pela empresa de Venture Building Hubz pode trazer, além de inovação para o setor, reforço na segurança na operação do sistema. O equipamento é uma espécie de interruptor capaz de direcionar a energia de uma linha de transmissão para outra. De acordo com José Lavaquial, sócio diretor da Hubz, o equipamento é capaz de informar com 100% de precisão se a chave está realmente aberta ou fechada. Hoje é necessário que um operador vá até o pátio da subestação para ver se ela está realmente aberta ou fechada. “Com isso, damos mais segurança ao sistema como um todo”, avisa.
Além da líder do consórcio, o projeto conta ainda o Laboratório de Instrumentação e Fotônica da Coppe/UFRJ e tem o apoio do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica e de quatro transmissoras: Matrinchã, Guaraciaba, Paranaíba e Luziânia-Niquelândia.
A solução de monitoramento de chave seccionadora usa uma fibra ótica especial em Rede de Bragg, que é oriunda da área de comunicação de dados, mas com várias aplicações e que pode monitorar em tempo real as chaves. Os dados são enviados a uma central de controle, com o sensor ótico detectando se ela abriu ou fechou de modo correto. A tecnologia fotônica é desenvolvida há uma década pela UFRJ. Um equipamento de laser permite que os pesquisadores mudem a estrutura interna de uma fibra ótica com diâmetro próximo ao de um fio de cabelo.
Lavaquial ressalta que é importante para a Hubz ter um produto que após a fase de desenvolvimento seja capaz de chegar a outras empresas do setor. “É um projeto para a gente muito bacana, porque a gente quer que ele termine em um produto que tenha viabilidade comercial. A empresa prefere estar próxima de produtos que de estudos e nos últimos anos ela contratou em torno de R$ 150 milhões em projetos, o que sócio da Hubz classifica como um número importante para um setor grande como o elétrico.
A etapa atual do projeto deve ser finalizada até agosto e em 18 meses o primeiro protótipo deve ser implantado em uma subestação. Nessa fase, é que serão descobertos os eventuais problemas que serão sanados com os ajustes necessários. “Estamos prestes a terminar a primeira etapa e começar a segunda, onde se constrói um protótipo de campo”, avisa.