A GE Power assinou contrato estimado em U$ 100 milhões ou cerca de R$ 400 milhões com a construtora Techint para o fornecimento de equipamentos para a usina Parnaíba V, no Maranhão. De acordo com Rafael Coitinho, gerente de engenharia da Eneva, o acordo prevê o fechamento de ciclo da Usina Parnaíba I, com mudança da configuração da planta de ciclo-simples para o ciclo-combinado, constituindo a Usina Parnaíba V, que vai adicionar 385 MW à capacidade de geração do parque termelétrico da Eneva no interior do Maranhão. Segundo ele, trata-se de um projeto de eficiência energética, já que o aumento da capacidade não vai consumir nenhuma molécula adicional de gás.
Para Daniel Meniuk, líder da GE Power para a América Latina, o fechamento de ciclo irá melhorar a eficiência da usina de Parnaíba I para até 58%. Ele explica que a nova configuração da usina também poderá permitir a redução de emissões, quando comparadas ao modelo atual, graças ao potencial aumento da eficiência na geração da energia.
Para a mudança na configuração da usina, a GE irá fornecer uma turbina a vapor modelo STF-D600, quatro caldeiras de recuperação de calor, um condensador e válvulas. A entrega dos equipamentos está planejada para o primeiro trimestre de 2021 e a instalação deve ser finalizada em setembro de 2022.
O lider da GE Power destaca que o projeto é de extrema importância para o país, uma vez que ao elevar a eficiência da planta em até 20 pontos percentuais. A expectativa dele é que mais usinas termelétricas sejam contratadas nos próximos anos, acompanhando o crescimento das renováveis. Para ele, o gás natural representa a fonte confiável de energia para oferecer segurança e estabilidade à rede, em paralelo com fontes intermitentes.
A ampliação da UTE Parnaíba I reforça a posição da GE no maior projeto de energia independente privado do Brasil, com quase 2 GW de capacidade instalada de geração de gás natural operando com sete turbinas a gás de classe F da GE. O Complexo Parnaíba é um dos maiores parques térmicos de geração de energia a gás natural do país, sendo o primeiro empreendimento reservoir-to-wire (R2W). Com 1,4 GW de capacidade instalada, a geração do Complexo representa 11% da capacidade de geração térmica a gás do Brasil.