A elétrica portuguesa EDP Renováveis registrou lucro líquido de € 343 milhões no primeiro semestre de 2019, crescimento de 147% na comparação com igual período de 2018. O resultado da companhia foi afetado negativamente pela menor produção dos parques eólicos, porém, compensada pelo incremento na capacidade instalada e pelo aumento no preço médio da cesta de venda de energia.

O preço médio de venda teve um incremento de 5% ano sobre ano, impulsionado pela recuperação de preços na Europa ocidental e por preços mais altos obtidos na Espanha e EUA, além de uma taxa cambial favorável. A capacidade instalada cresceu 680 MW no semestre.

A geração de caixa antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (Ebitda) alcançou 961 milhões de Euros, crescimento de 40% na comparação com o período de janeiro a junho de 2018. Encargos e depreciação de ativos impactaram negativamente o resultado, parcialmente compensados pela entrada de caixa resultado da venda de um projeto offshore no Reino Unido.

A receita alcançou 1 bilhão de euros, crescimento de 9% utilizando a mesma base de comparação. A dívida líquida somou 3,72 bilhões de euros, crescimento de 668 milhões no primeiro semestre, refletindo, por um lado, os ingressos gerados pelos ativos e, por outro, os investimentos feitos no período, além da conversão da taxa cambial.

A companhia – que é líder mundial no setor das energias renováveis, e uma das maiores produtoras de energia eólica do mundo – gerencia uma carteira de ativos em operação de 11,8 GW, com idade média de 8 anos, em 11 países, dos quais 11,4 GW consolidados e 371 MW em equivalência patrimonial.

Nos últimos 12 meses, a carteira da EDPR aumentou 720 MW: 318 MW na América do Norte, 266 MW na Europa e 137 MW no Brasil. Em 30 de junho de 2019, a empresa contava com 1,3 GW em construção, destes 993 MW correspondiam a projetos onshore e 330 MW de participações de capital em projetos offshore e flutuante.

Entre janeiro e junho de 2019, a EDPR forneceu 16,2 TWh de energia limpa (+5% ano sobre ano), reduzindo em 11 milhões de toneladas a emissões de CO2.