A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 25 de julho, a segunda fase da Operação “E o Vento Levou”, em São Paulo. Na primeira fase, a PF apurou o desvio de dinheiro da estatal de energia Cemig, por meio do aporte de R$ 850 milhões em empresas privadas com posterior repasse de parte deste recurso por meio do superfaturamento de um contrato com a outras empresas, e escoamento dos valores através de sua transferência a várias empresas.
A nova fase tem como escopo o destino final do dinheiro, cujas provas produzidas até o momento apontam para pessoas e empresas de Minas Gerais e da Bahia. Esse foi um trabalho conjunto da PF, da Receita Federal e do Ministério Público Federal.
Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo oito mandados de busca e apreensão, para os endereços das pessoas e empresas envolvidas com os fatos investigados, nas cidades de São Bernardo do Campo/SP, Salvador/BA, Lauro de Freitas, Milagres/BA, e Nova Lima/MG.
Segundo a PF, aos investigados poderão ser imputados os crimes de associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica cujas penas, somadas, poderão resultar em 9 a 38 anos de prisão.
A primeira fase da operação E o Vento Levou apurou desvios de dinheiro mediante sobre preço em projetos de energia renovável. Segundo a PF, os contratos suspeitos envolvem as empresas Renova Energia, subsidiária da Cemig, e Casa dos Ventos, maior desenvolvedora de empreendimentos de energia renovável no país.
Em nota, a Casa dos Ventos disse que nem a empresa, nem seus acionistas, nem seus administradores foram objeto de investigação, busca e apreensão ou quebras de sigilos em nenhuma das fases da “Operação E o Vento Levou”, conforme já atestado pelas próprias autoridades. Por iniciativa própria, a companhia disse que já vem colaborando, sob sigilo, com as autoridades na apuração dos fatos, ocorridos há mais de cinco anos.
A Cemig informou que está em total colaboração com as autoridades e que também tem interesse na rápida evolução dessas investigações. A empresa disse ainda que reforça o seu compromisso com a transparência e que manterá o mercado e a sociedade informados sobre a evolução desses fatos ocorridos no passado. A Renova Energia também informou que está colaborando com todas as informações necessárias para auxiliar os trabalhos da Polícia Federal e do poder Judiciário. A empresa afirmou compromisso com a transparência e que manterá todos informados sobre a evolução dos fatos.
Polícia Federal investiga contratos de R$ 200 milhões da Renova