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Após ter inaugurado a primeira usina solar com 280 kW e investimento de R$ 1,4 milhão, a empresa de geração distribuída Solier já se prepara para voos mais altos. O próximo passo é a implantação de uma usina de 5 MW com investimentos de R$ 22 milhões. A Solier agora pertence ao grupo internacional francês Quadran, o que a possibilita ter os seus próprios parques e fazer o aluguel para clientes. De acordo com Marcelo Serra, diretor da Solier, a intenção é ter um cronograma de implantações. “Com a Quadran, pretendemos fazer 5 MW por ano, ela vai nos auxiliar financeiramente na execução dos projetos”, avisa.
Usina da Solier inaugurada no Ceará
Ele conta que o parque piloto já em operação, que fica na cidade de Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, é uma espécie de piloto, gerando 40 mil kWh/ mês. As placas da usina são da Canadian Solar. Atendendo a três clientes, ela se destina a auto produção remota. Segundo Serra, o perfil de cliente que a Solier procura é aquele que tem dificuldade em fazer o investimento em Geração Distribuída ou migrar para o mercado livre por não ter a carga necessária. Essa primeira usina atende a uma confeitaria que está em expansão com novas unidades, uma empresa de produção e entrega de refeições e um hotel de pequeno porte no Pecém.
O parque é formado por três mini usinas e cada uma atende a um cliente. “São grupos que não ficam muito confortáveis em fazer compartilhamento com outros clientes que não conhecem pessoalmente e fizemos um parque personalizado para atender um cliente especificamente”, explica. O parque gera a totalidade da energia que eles consomem, zerando o custo, ficando apenas os encargos mínimos e de iluminação. A empresa busca clientes com o perfil de pequenos negócios e consumo intermediário. “Esses não conseguem ser atendidos pelo mercado livre e através da Geração Distribuída podemos fazer o atendimento deles”, frisa.
Serra critica possíveis mudanças na resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica, que está sendo revisada este ano. Ele ainda vê um favorecimento às distribuidoras de energia, alegando que ainda há uma grande demanda por energia. Para o diretor da Solier, ela é um retrocesso e não está claro como seriam as mudanças nas regras nem uma eventual transição, o que geraria insegurança para investidores internacionais, como a Quadran. “No próximo ano, nossa nova usina entra em qual regra?”, indaga. O modelo atual é o mais adequado para ele, embora classifique ser justo o pagamento pelo fio ‘B’, embora não veja como o momento mais adequado para a sua aplicação. “Isso vai dar uma freada nos investimentos de GD”, alerta.
A procura por novos clientes está sendo feita através de associações de classe e de relacionamento pessoal, além dos encaminhados pela Quadran Brasil. Essa nova usina da Solier, deve ser inaugurada no segundo semestre de 2020 e vai ficar na cidade de Cascavel. Partindo do princípio de distribuir a energia de fato, os próximos projetos deverão ficar em cidades diferentes das que já abrigam usinas.