A Petrobras terminou o terceiro trimestre de 2019 com lucro de R$ 18,8 bilhões, valor 87% acima do aferido no mesmo período de 2018. O resultado, divulgado na noite desta quinta-feira, 1º de agosto, é considerado um recorde histórico para a companhia. A receita líquida ficou em R$ 72,6 bilhões no trimestre, recuando 3% na comparação com 2018. O Ebitda ajustado da estatal chegou a R$ 32,6 bilhões, 8,6% acima dos R$ 30 bilhões do segundo trimestre do ano passado.
De acordo com a Petrobras, a principal explicação para esse desempenho foi a conclusão da venda de 90% da participação na Transportadora Associada de Gás (TAG), no valor de R$ 33,5 bilhões, sendo R$ 2 bilhões destinados à liquidação da dívida da transportadora com o BNDES. O aumento das cotações internacionais do petróleo e a valorização do dólar frente ao real também impactaram positivamente os resultados da companhia.
No semestre, o lucro chegou a R$ 22,8 bilhões, crescendo 34,4% na comparação com o mesmo semestre de 2018. A receita de vendas ficou em R$ 143,4 bilhões, subindo 3,6%. Já o Ebitda ajustado de R$ 30 bilhões mostra recuo de 0,9% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
A dívida líquida continuou sua trajetória decrescente, fechando em US$ 83,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma redução de 12% em relação ao trimestre anterior. Com uma gestão ativa da dívida, também foi possível aumentar o prazo médio de vencimento de 9 para 10 anos, com a manutenção da taxa média de juros em 6% ao ano. O índice de dívida líquida/Ebitda ajustado também caiu para 2,69x, 16% inferior ao registrado no primeiro trimestre de 2019.
Os investimentos totalizaram US$ 2,6 bilhões, sendo 82% em atividades de exploração e produção. Em benefício da transparência e da eficiência da alocação de capital, revisamos os investimentos de 2019 de US$ 16 bilhões para o intervalo de US$ 10 a US$ 11 bilhões.
Segundo o presidente da empresa, Roberto Castello Branco a empresa deve continuar a trajetória de geração de valor, com foco nos ativos de maior retorno, como o pré-sal, e a busca incessante para redução de custos.