O presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, defendeu a capitalização da Eletrobras como o modelo ideal no processo de desestatização da empresa. “É um modelo mais rápido e descomplicado do que vender as empresas subsidiárias separadamente”, avaliou o consultor.
O presidente Jair Bolsonaro autorizou o aprofundamento dos estudos para a venda do controle da estatal, após reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, na última quinta-feira, 1º de agosto. Em fato relevante, a Eletrobras informou que processo deverá ser feito por meio de uma operação de aumento de capital social, com subscrição pública de ações ordinárias da companhia ou de eventual empresa resultante do processo de reestruturação.
O governo pretende reduzir a participação da União no capital da empresa de 60% para menos de 50%, mas, para isso, terá de enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei que autorize a privatização. Mesmo que ele consiga aprovar o projeto ainda esse ano, a previsão é de que o processo só aconteça em 2020.
Desde o governo Temer, Ferreira Jr tem reiterado a intenção de fazer a venda pulverizada das ações da estatal, com limite de participação para os investidores. O presidente da Thymos acredita que esta é uma boa solução para evitar ingerências políticas na empresa. “A pulverização do controle da Eletrobras e a adoção de uma gestão moderna permitirá que a holding de energia deixe de sofrer interferências políticas indevidas”, disse Mello.