O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, esteve na última sexta-feira (2) no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), onde visitou as obras da UTE GNA I e do Terminal de Regaseificação de GNL, que a GNA – Gás Natural Açu está construindo no local. Com 3 GW de capacidade instalada e orçado em R$ 8,5 bilhões, os empreendimentos integram o maior complexo termelétrico a gás natural da América Latina. A programação da visita incluiu também um sobrevoo pelo Porto do Açu, que oferece um hub de logística e serviços para o segmento de O&G.
Para Tadeu Fraga, CEO da Prumo Logística, grupo econômico responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu, o projeto contempla um completo hub de óleo e gás, sinérgico e com conectividade à malha dutoviária existente no Sudeste, e que será extremamente estratégico para a indústria de óleo e gás no Brasil. “Estamos falando não só da construção de um grande parque termelétrico, mas também da operação do único terminal privado no Brasil para transbordo de petróleo, e que em breve oferecerá serviços de armazenagem e blending”, destaca. Além disso, já operam a partir do Açu empresas líderes no fornecimento de bens e serviços para a indústria de óleo e gás. “Graças à nossa localização estratégica, somos uma alternativa real para viabilizar a movimentação de petróleo e o aproveitamento do gás do pré-sal”, completou.
Durante o sobrevoo, o ministro pôde conferir toda a infraestrutura do complexo, que conta com a maior base de apoio offshore do mundo; terminais para movimentação de granéis sólidos, cargas gerais e de projetos; além de fábricas para a construção de equipamentos subsea e serviços de abastecimento de combustíveis marítimos.
A visita de campo foi iniciada pelas obras da UTE GNA I, uma térmica a gás natural em ciclo combinado de 1,3 GW de capacidade instalada. Com mais de 75% das obras encaminhadas e com todos os equipamentos de grande porte fornecidos pela Siemens já entregues no local, a usina está prevista para iniciar a operação comercial em janeiro de 2021.
Ministro pôde conferir infraestrutura do complexo, que conta com a maior base de apoio offshore do mundo (foto: divulgação)
As autoridades visitaram também as obras do terminal de regaseificação de GNL, o primeiro para uso privado do Brasil, e onde ficará posicionada, de forma permanente, a Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação de GNL, chamada FSRU BW Magna, que chegará ao Brasil em 2020, mesmo ano em que está planejado o início da construção da UTE GNA II, um empreendimento a gás natural em ciclo combinado de 1,7 GW de potência.
Na avaliação de Bernardo Perseke, Diretor Presidente da GNA, a visita do ministro foi uma grande oportunidade de apresentar o projeto estruturante que contribuirá para a diversificação da matriz energética nacional. Ele complementou afirmando que as usinas em construção funcionarão como projeto âncora para atração de gás doméstico para o Porto do Açu.
Já o ministro Bento Albuquerque afirmou que o projeto da GNA irá gerar o maior parque termelétrico da América Latina, feito que está totalmente conciliado com a política pública do atual governo sobre o novo mercado de gás. “É uma satisfação e um orgulho como brasileiro e ministro conhecer esse terminal de GNL, que está sendo desenvolvido aqui dentro do complexo do Açu e que é fundamental para o futuro do nosso país. Eu saio daqui com brilho nos olhos”, comentou o Ministro. Atualmente, dos 7 mil colaboradores do Porto, mais de 4.700 trabalham nos empreendimentos da GNA, sendo boa parte moradores da região. No final de julho, a empresa completou mais de 5 milhões de horas sem acidentes de trabalho com afastamento.
Integraram a comitiva o Secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Marcio Felix, o Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Alexandre Vidigal, bem como o Diretor-Geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, e outros três diretores, Aurélio Amaral, José Cesário Cecchi e Felipe Kury. Além dos CEOs da Prumo e GNA, as autoridades foram recebidas pelo Presidente do segmento de Exploração e Produção da BP no Brasil, Adriano Bastos, e pelo Presidente e CEO da Siemens no Brasil, André Clark, além de outros representantes corporativos.
Expansão
A GNA ainda possui licença ambiental para mais que dobrar a capacidade instalada do complexo, podendo chegar a 6,4 GW, o que permitirá o desenvolvimento de projetos termelétricos adicionais no futuro. Somado a isso, a localização estratégica do Porto do Açu, próximo aos campos produtores de pré-sal e ao circuito de transmissão de 500 kV recém licitados, possibilitará a criação de um hub de gás natural, para recebimento, processamento e transporte do gás (associado ou não), bem como exportação de grandes blocos de energia, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento da região de São João da Barra, do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil.