As tarifas da Centrais Elétricas do Pará terão aumento médio de 0,69%, com efeito médio de -3,81% para a alta tensão e de 2,12% para os clientes atendidos em baixa tensão. Os valores resultantes da revisão tarifária periódica da Celpa serão aplicados a partir desta quarta-feira, 7 de agosto.

O resultado calculado pela Agência Nacional de Energia Elétrica levaria a um aumento médio maior nas tarifas da distribuidora, que chegaria a 3,82% com a inclusão de despesas que não entraram no cálculo da tarifa dos últimos 12 meses. A Celpa solicitou, no entanto, a aplicação parcial desse custo (de 5,81%) nos índices tarifários dos próximos 12 meses, o que reduziu o impacto para o consumidor.

Entre os itens de custo considerados no processo estão os encargos setoriais, que contribuíram para reduzir o impacto da revisão com -3,79%. A compra de energia teve impacto final pequeno, de 0,87%.

Considerada a empresa com maior grau de complexidade no Brasil, pela dispersão dos consumidores em uma grande área de concessão, a Celpa terá um nível de perdas técnicas sobre a energia injetada na rede de 11,648% de 2020 a 2022. Para as perdas comerciais, resultantes, no geral, do furto de energia, foi estabelecida uma trajetória, que parte de 33% em 2020; passa para 32,5% em 2021 e chega a 32% em 2022. Segundo diretor Sandoval Feitosa, as perdas anuais da concessionária correspondem ao consumo dos estados da Bahia e de Mato Grosso.

A Aneel também aprovou as metas para os indicadores que medem a duração (DEC) e a frequência (FEC) nas interrupções no fornecimento de energia na área de concessão da distribuidora para o período de 2020 a 2023. A Celpa atende 2,6 milhões de unidades consumidoras no estado do Pará.