Uma das maiores ações no combate a fraudes e furto de energia no Brasil recuperou 206 milhões de kWh no primeiro semestre deste ano. A operação foi liderada pela Neoenergia nas áreas de concessão de suas distribuidoras Coelba, Celpe, Cosern e Elektro, abrangendo a Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Foram 239 mil inspeções técnicas no período, que resultaram na identificação de 35 mil irregularidades, além da regularização de 34 mil clientes clandestinos. Considerando o volume de energia recuperada, foram restituídos aos cofres públicos, aproximadamente R$ 31 milhões em tributos do ICMS e PIS/Cofins. A arrecadação de impostos tem como destino investimentos sociais em educação, saúde e melhoria da qualidade de vida da população.
Para ilustrar a dimensão do montante recuperado, a quantidade de energia seria suficiente para abastecer por cerca de dois meses uma cidade como Natal, capital potiguar. Os números recordes obtidos no primeiro semestre são o reflexo de operações desenvolvidas para o combate às ligações ilegais, desde as mais simples às mais complexas, que prejudicam o fornecimento de energia e representam risco para a sociedade. Em seis meses, as ações resultaram na prisão ou condução de 99 pessoas para prestar depoimento às autoridades policiais.
O CEO da Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle, reforça que as ações de recuperação têm caráter permanente. “Continuaremos no segundo semestre com a execução do nosso plano de combate ao furto e ações de recuperação de energia”, informou. Além das inspeções, o CEO destacou um “agressivo” plano de troca de medidores para garantir uma adequada medição dos consumos, além de um projeto de investimento em tecnologia de rede para impedir o furto de energia elétrica em áreas mais complexas.
Atuando de forma preventiva, as distribuidoras da Neoenergia contam com apoio de modernas tecnologias e equipes de inteligência que mapeiam e inspecionam os pontos suspeitos. Outro importante apoio vem da população, que também pode contribuir realizando denúncias de forma anônima nos canais de atendimento das concessionárias. Constatadas as irregularidades, os casos são denunciados e periciados pelas autoridades públicas competentes
“As ações coordenadas extrapolam a simples ideia punitiva para os infratores. Trata-se de uma transformação de cultura, trazendo a compreensão de que o furto de energia representa um mal para toda a sociedade”, comenta o diretor Comercial da Neoenergia, Luiz Flávio.
Fraudes e furtos de energia são distorções sociais que impactam todas as classes sociais, uma vez que prejudicam o fornecimento, colocam a vida em risco e incidem sobre uma parcela da conta de energia. Essa conduta é considerada crime, de acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com punição que pode variar, conforme o caso, de um a oito anos de reclusão, além de multa.