O uso do modelo Dessem na programação diária de operação do sistema, com o cálculo do Custo Marginal de Operação e a definição do despacho de usinas térmicas a cada 30 minutos, vai possibilitar a redução da geração fora da ordem de mérito, afirmou o Operador Nacional do Sistema, em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, 7 de agosto. A expectativa do ONS é de que com a entrada do modelo na formação de preços a partir de janeiro de 2021 também haja redução de Encargos de Serviços do Sistema.
O modelo de despacho de curtíssimo prazo será implantado em duas fases, conforme previsto na Portaria 301, do Ministério de Minas e Energia. Na primeira, ele será usado na operação, e, na segunda fase, no cálculo do Preço de Liquidação das Diferenças a cada 60 minutos. Além de definir o PLD Horário, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica vai usar o preço nos processos de contabilização e de liquidação do mercado de curto prazo.
Com a entrada do Dessem, detalhou o ONS, a proposta de geração das usinas, que é feita pelos agentes, será substituída pelos resultados do novo modelo. A geração prevista será, no entanto, validada pelos geradores, ainda na etapa de programação. Eles “poderão fazer ajustes necessários para tornar suas curvas de geração viáveis para a operação.”
Em fase de testes, na chamada “Operação Sombra”, o modelo já calcula o CMO, o balanço de energia e a previsão de geração por fonte para o dia atual em intervalos de 30 minutos. O mesmo acontece com o PLD horário. Em ambos os casos, os valores já estão disponíveis para consulta.
A portaria do MME também aprovou aperfeiçoamentos nos modelos matemáticos de médio prazo (Newave) e de curto prazo (Decomp), usados pelo ONS. O Newave utiliza cenários hidrológicos de cinco anos; enquanto o Decomp é usado no Programa Mensal de Operação. As mudanças nesses modelos também serão aplicadas a partir de 2020