Os riscos de déficit no abastecimento de energia estão abaixo de 5% em todo o horizonte do do Plano da Operação Energética (PEN) para o período de 2019 a 2023, informou o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em nota divulgada após reunião mensal nesta quarta-feira, 7 de agosto. Os resultados do PEN foram apresentados no encontro do CMSE pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, quando foi “ressaltado que o equilíbrio estrutural de oferta e demanda está assegurado.”

No mês de julho, segundo a nota, choveu acima da média histórica apenas nas bacias dos rios Jacuí e Tietê, por causa do avanço de frentes frias nas regiões Sul e Sudeste. A energia armazenada nos reservatórios equivalentes ficou em 44,8% Sudeste/Centro-Oeste; em 75,8% no Sul; em 52,6% no Nordeste e em 71,7% no Norte. Para o final do mês de agosto está previsto nível de armazenamento de 39,3% (SE/CO), 60,1% (Sul), 47,6% (NE) e 62,9% (Norte).

Na reunião, também houve a apresentação dos resultados da segunda revisão quadrimestral de carga, realizada em julho e já anunciada pela Empresa de Pesquisa Energética. A EPE estima crescimento do consumo total de eletricidade da ordem de 3% em média ao ano para o período de 2019 a 2023, e aponta perspectivas positivas para a indústria, com redução da capacidade ociosa de grandes consumidores como siderúrgicas, indústria ferro-ligas, cimento, papel e alumínio. Há também, segundo a estatal perspectiva de retomada da construção civil a partir de 2020.