A Energisa reportou um prejuízo líquido de R$ 8,9 milhões no segundo trimestre do ano ante o lucro liquido de R$ 103,4 milhões do mesmo período do ano passado. Apesar disso, no acumulado do ano, a empresa está no campo positivo com ganhos de R$ 119,9 milhões, retração de 51,2% ante os R$ 245,7 milhões dos seis primeiros meses de 2018. O resultado ebitda ajustado (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no trimestre somou R$ 898,9 milhões aumento de 37,7% na base trimestral e R$ R$ 1,8 bilhão no semestre, crescimento de 25,6%.
A receita operacional líquida da companhia sem receita de construção avançou 15,6%, para R$ 4 bilhões no período encerrado em junho e fechou o semestre em R$ 8,3 bilhões, aumento de 20,7% na comparação com o ano anterior.
O consumo de energia elétrica no mercado cativo e livre somou 8.816,2 GWh, aumento de 3,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Considerando o fornecimento não faturado, o volume se situa em 8.775,6 GWh, o que significa um aumento de 5% na mesma base de comparação. No ano, o consumo está 4% mais elevado.
Todas as classes registraram aumento nas vendas consolidadas de energia no trimestre, com destaques nos segmentos residencial e comercial consolidados, com incrementos de 4,6% e 4%, respectivamente, favorecidos principalmente pelo efeito climático, com médias de temperatura mais elevadas no período. A classe industrial mostrou crescimento de 2,0%.
Com as aquisições da Ceron e da Eletroacre, as perdas totais do Grupo Energisa somaram 5.681,6 GWh nos 12 meses encerrados em junho de 2019, representando 13,55% da energia injetada, um volume similar ao reportado em março de 2019, e 0,25 ponto percentual abaixo de junho de 2018. Desconsiderando as recentes aquisições, as perdas totais das demais distribuidoras do grupo foram 0,03 ponto percentual inferior a março de 2019 e somaram 4.157,2 GWh, representando 11,50% da energia injetada. Em relação a junho de 2018, houve redução de 0,36 ponto percentual. Das 11 distribuidoras do grupo, quatro estão fora dos limites estabelecidos pela Aneel: EMG, EPB, EMT e ERO.
Já em termos de indicadores de qualidade, apenas a ERO está acima dos limites de DEC e FEC estabelecidos pela Aneel. As demais estão dentro dos parâmetros. Na concessionária de Rondônia, o DEC de junho ficou em 45,38 horas e o FEC em 20,11 vezes.
Os investimentos consolidados somaram R$ 754,1 milhões no segundo trimestre, aumento de 59,2% quando comparado com os R$ 473,6 milhões no mesmo período de 2018. Nos seis primeiros meses do ano os aportes totalizaram R$ 1.299,2 milhões, crescimento de 57,4% em relação ao registrado de janeiro a junho de 2018. A dívida líquida consolidada totalizou R$ 11,9 bilhões em junho, contra R$ 11,1 bilhões em março de 2019. A relação dívida líquida por ebitda ajustado (12 meses encerrados em junho de 2019) se manteve no mesmo patamar de 2,7 vezes em junho de 2019, informou a empresa em seu release de resultados.