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A Castrolanda é a primeira cooperativa do país a atuar diretamente no mercado livre como agente comercializador vinculado à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A empresa com sede na cidade de Castro, no interior do Paraná, investiu cerca de R$ 100 mil na criação de uma subsidiária de comercialização. A Engloba nasce com uma carteira de 22 clientes com contratos futuros já firmados, incluindo grandes comercializadores, consumidores e geradores. Entre eles estão Copel Comercializadora, Boven, Paulista, Frisia, DC Matrix, Conagro e Mineração Veiga.
Os planos da cooperativa no curto prazo com o seu novo braço no segmento de comercialização envolvem a expectativa de alcançar um lucro líquido de cerca de R$ 15 milhões até o final do ano que vem, após um ano e meio de operação na CCEE. “É uma meta ambiciosa, mas plenamente factível de ser alcançada”, avalia o gerente de Novos Negócios e Energia da Castrolanda, Vinicius Fritsch, também responsável pela Engloba. Em um cenário de até cinco anos, diz ele, a meta é ver a empresa no grupo das 25 maiores comercializadoras do Brasil, com mais de 1 GWmédio transacionado.
Fritsch explica que a cooperativa começou a atuar no mercado livre em 2016 na figura de consumidor, e que a transição para a atividade de comercialização acaba sendo natural na medida em que o governo sinaliza antecipar o cronograma de abertura para pequenos consumidores. Consulta pública aberta nesta sexta-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia propõe que, a partir de 2021, possam migrar para o mercado não-regulado consumidores com carga a partir de 1,5 MW, abaixo dos 2,5 MW previstos atualmente. Em janeiro de 2022 o mínimo cairia para 0,5 MW, deixando de existir a partir de 2024.
Atualmente a Castrolanda conta com cerca de 1 mil cooperados e aproximadamente 3,5 mil colaboradores. A ideia da cooperativa paranaense é que toda essa massa em potencial se transforme em clientes diretos da Engloba assim que a legislação permitir que haja a migração deles para o mercado livre. Adicionado ao cenário regulatório, a robustez financeira da empresa também sustenta os planos de crescimento no mercado livre ao longo dos próximos anos. O faturamento bruto atual da Castrolanda é de R$ 3,1 bilhões por ano, enquanto o patrimônio líquido chega a R$ 1,2 bilhão.