A Eletrobras encerrou o segundo trimestre do ano apresentando um lucro líquido de R$ 5,5 bilhões, resultado 305% acima do verificado no mesmo período do ano passado, quando o lucro chegou a R$ 1,3 bilhão. A rubrica deste ano acabou impactada positivamente pelo lucro líquido de R$ 5,2 bilhões relativo às operações descontinuadas de distribuição, em especial da Amazonas Energia, privatizada em dezembro de 2018. Com a reversão do patrimônio líquido negativo da distribuidora do Norte do país, a holding viu crescer fortemente seu lucro trimestral entre abril e junho de 2019.
Da mesma forma, o lucro líquido de R$ 6,9 bilhões verificado no primeiro semestre deste ano – 272% acima do lucro líquido de R$ 1,8 bilhão obtido nos seis primeiros meses de 2018 – foi diretamente influenciado pela descontinuidade das operações no segmento de distribuição, com destaque para a venda da concessionária do estado do Amazonas. O lucro líquido semestral da Eletrobras apenas com a saída do negócio de distribuição ficou em R$ 5,03 bilhões. Os demais R$ 1,8 bilhão no lucro líquido total da empresa entre janeiro e junho deste ano se referem às operações continuadas.
A receita operacional líquida no segundo trimestre cresceu 12%, passando de R$ 5,9 bilhões em 2018 para R$ 6,6 bilhões este ano. Destaca-se aí a agregação de receita de R$ 727 milhões na subsidiária Eletrobras Amazonas GT com o início do fornecimento dos contratos da usina Mauá 3, além da GAG Melhoria de cerca de R$ 250 milhões relativa às concessões renovadas em 2013. A Rede Básica do Sistema Existente contribuiu em R$ 984 milhões. Já o Ebitda recorrente da companhia no trimestre abril-junho cresceu 8%, passando de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,1 bilhões.
No semestre, a receita operacional líquida saltou 9,2%, de R$ 11,9 bilhões para R$ 13,09 bilhões. A rubrica foi reforçada pela entrada em operação da termelétrica Mauá 3 e pelo recebimento de GAG Melhoria relativa às concessões renovadas pela Lei 12.783, de 2013. O Ebitda recorrente totalizou R$ 6,03 bilhões na primeira metade do ano, em linha com o Ebitda de 2018. De acordo com balanço divulgado nesta terça-feira (13), o indicador dívida líquida/Ebitda recorrente nos últimos 12 meses atingiu o nível de duas vezes, ultrapassando a meta da companhia de ficar abaixo de três vezes.