A Eletrobras espera concluir o processo de escolha do modelo para a entrada do novo sócio na usina de Angra 3 até o fim do segundo semestre deste ano. Em coletiva a jornalistas nesta terça-feira, 13 de agosto, o presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, disse que será entregue ao Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos e os ministérios envolvidos um relatório em que ele vai decidir o melhor modelo. Em paralelo, a estatal atua para fazer os procedimentos para lançar uma concorrência internacional. “Tão logo escolhamos o modelo, a gente já tenha condição de talvez até o fim do ano lançar essa concorrência”, explicou.
O executivo explicou que há três opções de entrada desse novo sócio: na primeira, ele teria uma participação minoritária nas usinas Angra 1, 2 e 3, entrando na Eletronuclear. A segunda opção é criar uma Sociedade de Propósito Específico para Angra 3 e que a Eletronuclear tenha 51% de participação e o sócio, 49%. Na terceira e última opção, viria m investidor que aportaria o dinheiro necessário para conclusão da usina e depois obteria a receita da usina nuclear, uma espécie de recebível.
O modelo de participação na usina de Angra 3 seria o mais adequado, embora não haja preferência por nenhum dos modelos apresentados. Com o processo de privatização, deverá haver uma cisão da Eletronuclear da Eletrobras, já que a legislação exige o controle do estado em atividade estatal. O presidente da Eletrobras elogiou o complexo nuclear de Angra, ressaltando a forte geração de energia das usinas, a preservação ambiental da região e o forte programa de segurança dos empreendimentos, considerado um dos melhores do mundo.